Há 65 anos
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul começava um processo de descentralização do Ensino Fundamental, passando essa atribuição aos municípios. Até 26 de janeiro de 1960, 24 municípios tinham apresentado ao governo do Estado seus planos de trabalho e necessidades. Na época se projetava a construção de 455 novas escolas para dar conta da demanda.
Como incentivo para as obras, a Secretaria abriu um crédito de 100 milhões de cruzeiros para os municípios. Ao Estado também caberia a orientação pedagógica às prefeituras, por meio do Serviço de Expansão Descentralizada do Ensino Primário, que possuía um grupo de coordenadores preparados para conduzir, junto com os prefeitos, a transição.
O prefeito de Bagé, João Batista Fico, visitou o secretário de Educação, o conterrâneo Justino Quintana. Preocupado com a mudança, o prefeito de Bagé, João Batista Fico, visitou o secretário de Educação, o conterrâneo Justino Quintana, ambos do PTB, para tirar dúvidas e firmar o acordo. Naquele encontro, Fico declarou que o município precisaria construir 43 escolas, nas zonas urbana e rural.
Acerto em Bagé
Além de garantir o elevado número de escolas, Fico também levou para a cidade a promessa da instalação das 43 unidades mais uma “por fora – a Escola Centenário – pela verba especial, oferecida pelo deputado Justino Quintana. Informou também que as novas professoras terão o curso ginasial e as nomeações serão feitas pelo município e pagas pelo Estado, com os vencimentos estabelecidos pela prefeitura de Bagé”, conforme o jornal Correio do Sul de 14 de fevereiro de 1960, texto destacado pelo pesquisador William Godinho de Moura Rodrigues, na monografia “Nenhuma criança sem escola no Rio Grande do Sul”: Os reflexos da política educacional de Brizola no município de Bagé (Unipampa).
Na segunda quinzena de novembro de 1961 foram entregues as 44 escolas, a maioria de madeira e sem mobiliário, “símbolo do projeto político-educacional de Brizola”, como descreve Rodrigues. Fico morreu em janeiro de 1962 sem ver as escolas funcionando, as construções precárias ainda não tinham professores.
Fontes: Diário de Notícias/Biblioteca Nacional; “Nenhuma criança sem escola no Rio Grande do Sul”: Os reflexos da política educacional de Brizola no município de Bagé (2015) – monografia para a Especialização em Educação e Diversidade Cultural da Universidade Federal do Pampa, de William Godinho de Moura Rodrigues
Há 100 anos
Escritor João Luso visita Pelotas e faz conferências
O jornalista e escritor Armando Erse de Figueiredo, mais conhecido como João Luso, era visita ilustre em Pelotas. O Luso, na época com 51 ano, estava de passagem pelo município de onde prosseguiu para Porto Alegre, para fazer algumas conferências também.
“João Luso é um dos intelectuais mais queridos do Brasil e é grande já a nossa ansiedade para ouvir a palavra clara e vibrante do eminente jornalista e escritor”, destacou a revista Illustração Pelotense.
Natural de Lousã, Portugal, Luso morreu no Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1950. Entre seus livros estão: Contos da Minha Terra (1896), Prosa (1904), As entrevistas de Expedito Faro (1917), Reflexos do Rio (1923), O Despenhadeiro (1925), Os Menezes de Haddock Lobo (1925), Terras do Brasil (1932), Assim falou Polidoro (1941), Fruta do Tempo (1945) e Quatro Conferências (1949).
Fontes: revista Illustração Pelotense
Há 50 anos
CTMR celebra 55 anos de atividades em 1975
A Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência completou 55 anos. Fundada em 1919, passou a funcionar em 1920, por iniciativa dos pelotenses Antonio Tonca Duarte e Feliciano Xavier. O desenvolvimento e os bons serviços eram uma marca da empresa na década de 1970.
“É considerado um dos melhores serviços telefônicos do Brasil . Telefonistas diligentes e dedicadas estão sempre atentas ao melhor servir”, destacou a publicação Pelotas destaques 70. A CTMR foi encerrada com a privatização do serviço em 1998.