Bicicleta ganha protagonismo nos exercícios ao ar livre
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Saúde

Bicicleta ganha protagonismo nos exercícios ao ar livre

Com mais de 67 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, Pelotas possui uma das maiores malhas cicloviárias do RS

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Atualizado sexta-feira,
24 de Janeiro de 2025 às 13:39

Bicicleta ganha protagonismo nos exercícios ao ar livre
Pelotas se aproxima dos 70 quilômetros de ciclofaixas e ciclovias, com desafio de melhorar estruturas (Foto: Jô Folha)

Com o aumento das temperaturas e os dias mais longos do verão, os exercícios físicos ao ar livre estão ganhando espaço em Pelotas. Diariamente, centenas de pessoas utilizam o tempo livre para a prática de ciclismo, caminhadas e corridas em praças e ruas, com destaque para o uso da bicicleta.

Com mais de 67 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, distribuídas em diferentes regiões, Pelotas possui a maior malha cicloviária da região Sul e uma das maiores do Estado. A estrutura pelotense incentiva o uso da bicicleta, tanto como meio de transporte quanto como opção de lazer e exercício.

O principal eixo de mobilidade para os ciclistas está na avenida Ferreira Viana, que concentra uma das ciclovias mais movimentadas, conectando o município à praia do Laranjal. Também há destaque para o trecho na avenida Dom Joaquim, utilizado principalmente para lazer, prática esportiva e deslocamento para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, há projetos em andamento para ampliar e reformar a malha cicloviária da cidade. “Existem diversas obras previstas no Plano de Mobilidade. Todas elas estão contemplando importantes trechos do sistema cicloviário, que tem recebido obras de melhorias para garantir qualidade aos ciclistas”, afirma o secretário Otávio Peres.

BikePel

Outro incentivo aos ciclistas de Pelotas é o BikePel, sistema de bicicletas compartilhadas, que opera desde dezembro no município. São 50 unidades espalhadas em sete estações, localizadas em pontos estratégicos da cidade, com custo entre R$ 3 (30 minutos) e R$ 30 (mensal com tempo ilimitado).

Pedalando por saúde e qualidade de vida

Para muitos moradores, pedalar não é apenas uma forma de transporte, mas também uma prática voltada ao bem-estar. Celso Carvalho, 40 anos, morador do bairro Simões Lopes, trocou a moto pela bicicleta pela praticidade e para manter a prática de atividade física. “A bicicleta é o meu meio de transporte. Eu tenho uma moto, mas prefiro andar de bicicleta para fazer atividade física, ainda mais agora no verão que o tempo está bom para isso”, conta.

Pedaladas coletivas

Outro exemplo é o grupo de ciclismo amador “Pedal Difícil de Defender”, que reúne pessoas de diferentes idades para percorrer ciclovias e estradas da região. “Nosso foco é reunir a turma para se divertir e sair do estresse do dia a dia, além de manter a saúde, que está em primeiro lugar”, afirma o fundador do grupo, Flavio Sampaio.

Ele destaca que, além do esporte, o grupo também proporciona novas experiências. “Pedalamos em média 60 quilômetros a cada encontro, que costumam acontecer de uma a duas vezes na semana. Nessas saídas fizemos inúmeras novas amizades e conhecemos diversos novos lugares”, comenta.

Desafios para os ciclistas

Apesar dos avanços, a infraestrutura para bicicletas ainda apresenta desafios em Pelotas. Segundo ciclistas, a manutenção das ciclovias, a falta de integração entre os trechos e a conscientização de motoristas são pontos que precisam de atenção. Peres destaca que o Plano de Mobilidade prevê uma melhora na continuidade das ciclovias.

“Pensamos que é necessário o estabelecimento de pontos de continuidade no sistema cicloviário, seja de intervenções que conectam pontos até pequenos detalhes de desenho urbano em que impõem grandes dificuldades aos ciclistas em que necessitam melhorias de desenho urbano para conectar os sistemas cicloviários no entorno de rotatórias, calçadas, cruzamentos, subidas e descidas”, afirma.

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