Canguçu enfrenta, há quase um ano, a ausência de um delegado titular na Delegacia de Polícia Civil. A situação tem causado transtornos operacionais, pois um delegado substituto atende a cidade uma vez por semana e, em casos de maior gravidade, é necessário deslocar um profissional de Pelotas. Isso deve acabar a partir de abril, quando uma nova turma de delegados irá concluir a formação e um titular deve ser enviado ao município.
Enquanto isso, o panorama tem sido desafiador. Inclusive, em algumas situações, os suspeitos detidos em Canguçu precisam ser transportados até Pelotas para realizar os procedimentos legais. O prefeito Arion Braga (PP) destaca que a cidade, com cerca de 50 mil habitantes, é considerada a capital da agricultura familiar, abriga o maior número de assentamentos rurais e conta com a maior extensão de estradas do Estado e não pode sofrer com a falta de um responsável pela segurança pública local.
Instabilidade do cargo
O gestor também brinca sobre a situação instável do cargo. “Parece que tem um prego na cadeira do delegado titular, ninguém fica. Quando vem, não para”. O compromisso, agora, é resolver esse problema, com a expectativa de vinda e permanência do delegado para cuidar dos crimes e das demandas da população.
De acordo com o titular da Delegacia de Polícia (DP) Regional, Márcio Steffens, a oscilação do posto está relacionada à necessidade de remoção para outra DP, por motivos da administração. Contrapondo o prefeito, o delegado diz que a unidade de Canguçu está funcionando normalmente, sem transtornos. No caso de auto de prisão em flagrante, ele confirma a necessidade de deslocamento do delegado de Pelotas, mas explica que isso acontece naturalmente nos finais de semana.
Crimes em Canguçu
Apesar das dificuldades, Braga destaca a característica tranquila de Canguçu quando comparada a outras cidades do Rio Grande do Sul. No entanto, ele reconheceu que problemas como roubos, tráfico de drogas e outros crimes afetam o município, assim como ocorre em várias partes do país.