O Rio Grande do Sul passou a contar com 34 novos promotores de Justiça empossados em novembro de 2024 e com início de atuação neste mês de janeiro. Três deles foram designados para a Zona Sul do Estado. Em Jaguarão assumiu Gabrielle Thomas Todeschini; e São José do Norte, Marco Antônio de Souza Magalhães.
Para Piratini, a indicada é Amanda Jessyca de Souza Alves, de 32 anos, que vem direto do Rio Grande do Norte para trabalhar na primeira capital gaúcha. A jovem promotora tem pretensões de permanecer na região e se sentiu acolhida pelos piratinienses.
Como surgiu a possibilidade de trabalhar no MP gaúcho?
Por ser do Rio Grande do Norte, brinco que eu sempre soube que iria morar no Rio Grande, só não sabia que era do Norte ou do Sul. O destino me trouxe para o Sul. Eu sempre trabalhei no Ministério Público começando como estagiária, depois assessora do MP do Rio Grande do Norte durante sete anos. Nesse período trabalhei em promotorias semelhantes a de Piratini, ou seja, é uma promotoria única que atende todas as matérias de atribuição do órgão. Depois fui para uma área mais especializada, com atuação mais na parte criminal. Sempre almejei Ministério Público e quando em 2023 abriu o concurso público para MP gaúcho, não pensei duas vezes. E o destino quis que aqui fosse aprovado e aqui estou.
O que encontrou em Piratini?
Antes de vir para cá (Piratini) estudei a história e, por consequência, conheci a importância histórica da cidade para o Rio Grande do Sul. Percebi um povo bastante acolhedor, que valoriza a sua cultura. Eu pretendo construir minha carreira no Ministério Público daqui. Não tenho nenhuma pretensão de retornar para o Rio Grande do Norte. E espero uma carreira brilhante e realizada. Quero destacar que nessas duas semanas eu já me sinto realizada, pois mesmo diante das dificuldades específicas de Piratini, ao atender cada cidadão, as autoridades, eu me sinto motivada e cada vez com mais vontade de fazer um bom trabalho na promotoria.
Quais os desafios à frente do MP?
Percebi nessas duas semanas de atuação que a cidade tem uma grande demanda de pessoa idosa, expressiva e que requer uma atuação constante e bem eficiente. Não só do Ministério Público, mas como da rede de proteção dessa pessoa idosa. O maior desafio seria trabalhar com essa população vulnerável em decorrência da idade, das limitações impostas pela faixa etária. Mas já estou em reunião com a rede de proteção, com vistas a garantir o direito dessas pessoas vulneráveis, com necessidade de condições e de um olhar mais atento dos poderes públicos.