Atendimento a mulheres vítimas de violência muda de local

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Atendimento a mulheres vítimas de violência muda de local

Troca de prédio se deve a manutenção do espaço anterior, redução da equipe e queda na procura

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Atendimento a mulheres vítimas de violência muda de local
Prédio fica agora anexo à Secretaria de Assistência Social. (Foto: Jô Folha)

Um ano e 11 meses. Este foi o tempo que o Centro de Referência no Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Claudia Pinho Hartleben (Cram) permaneceu em funcionamento no prédio da Marechal Deodoro. Desde o início da semana, o serviço passou a ser oferecido na rua Três de Maio, 1.070, próximo à Secretaria de Assistência Social (SAS), das 8h às 14h. O motivo da troca de prédio está na manutenção do espaço anterior, redução da equipe e queda na demanda de atendimentos.

De acordo com a titular da pasta, Raquel Nebel, colocar o Cram próximo à Secretaria é uma forma de elaborar estratégias de atendimento. Como o Centro não tem notificação no Sistema Único de Assistência Social (Suas) é todo custeado pela gestão municipal, a manutenção do espaço ficou inviável. “Na ocasião (2023) houve o desejo de unir o atendimento à mulher junto com a coordenação de Políticas para as Mulheres, por isso se pensou no espaço”, explica.

Na nova gestão, a política de atendimento está sendo repensada e passa até pela demanda de atendimentos. Em todo o ano de 2024, 177 mulheres em situação de violência buscaram serviço no Cram e, em dezembro, 69 delas permaneciam acompanhadas.

A secretária justifica ainda que dentro do quadro de funcionários disponibilizados para o Cram, alguns foram exonerados, restando uma pessoa responsável pelo centro e pela coordenação, o que vinha prejudicando a dedicação aos cargos. Além disso, as duas psicólogas e duas assistentes sociais revezam o período de férias. “Por isso decidimos trazer a casa para perto da secretaria, até porque algumas das mulheres reclamaram que o prédio na Deodoro não era centralizado.”

Ajuda

O Cram presta atendimento psicossocial a mulheres vítimas de violência com base na Lei Maria da Penha. Também promove ações afirmativas que as ajudem a sair do ciclo da violência, no resgate da autoestima e da sua autonomia, a buscar implementar mecanismos de proteção e a superar o impacto da violência sofrida.

O encaminhamento é feito pelas instituições da Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e pela busca ativa, por meio dos boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Atendimento à Mulher e na Delegacia de Pronto Atendimento. Nem toda a busca gera um acompanhamento, mas essa é uma forma de que as mulheres se sintam acolhidas e sejam informadas sobre os serviços de apoio.

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