Suzane Gonçalves assumiu nesta quarta-feira (15) a reitoria da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Segunda mulher eleita para o cargo, a professora promete buscar uma “gestão próxima da comunidade e dos municípios”, lutando pela captação de recursos e para a redução da evasão.
Eleitos com 76% dos votos, ela e o vice, Ednei Primel, assumem os cargos de Danilo Giroldo e Renato Duro Dias, respectivamente.
Assim como grande parte das universidades públicas, a Furg também sofre com a questão orçamentária. Para a reitora, esse será o principal desafio da gestão. “O grande desafio será o orçamento. Meu empenho será em articular com o Ministério da Educação a possibilidade de nós termos mais repasses orçamentários para que a gente possa investir na qualificação da instituição”, destaca.
Evasão
Além disso, outro problema enfrentado está na taxa de evasão. Conforme dados do Censo da Educação Superior do último ano, a Furg é uma das universidades gaúchas com o maior índice de alunos que abandonaram a instituição, com 62%.
Entre as medidas desenvolvidas, ela destaca a criação de ambientes que promovam o trabalho em equipe e a troca de experiências entre os alunos, nos chamados Espaços de Aprendizagem Colaborativa (EAC).
“A universidade já vem desenvolvendo atividades para reduzir o índice de evasão, com a criação de Espaços de Aprendizagem Colaborativa, situados em unidades acadêmicas com os maiores índices. Vamos trabalhar para ter esses espaços de apoio em todas as unidades”, destaca. Além disso, a nova gestão diz que buscará a modernização das bibliotecas, para que se tornem um “espaço mais acolhedor”.
Investimentos
Apesar dos desafios orçamentários, Suzane entende que a manutenção e qualificação da infraestrutura não pode ficar para trás e promete melhorias ainda em 2025.
“Hoje a Furg já tem aprovado um recurso do PAC [Programa de Aceleração ao Crescimento] um recurso para a construção de três restaurantes universitários, em Santa Vitória do Palmar, Santo Antônio da Patrulha e em São Lourenço do Sul, que também terá a construção da Casa do Estudante”, afirma.
A nova reitora entende que em Rio Grande a perspectiva não é de ampliação, mas sim de manutenção e conclusão de algumas obras em andamento, como o prédio acadêmico da Saúde, localizado no Centro.
Articulação
Para a realização dos investimentos necessários, Suzane explica que “apenas com o orçamento da universidade não é possível realizar novas obras” e que a atração de recursos passará pela sua articulação em Brasília.
“Já estou em contato com o Ministério da Educação para realizar uma reunião na próxima semana apresentando as demandas da universidade em busca de recursos específicos”, detalha.
Aproximação com a comunidade
A gestão também promete atuar “por e para a comunidade”, presente nas principais pautas dos quatro municípios em que a Furg está inserida – Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Santo Antônio da Patrulha e São Lourenço do Sul. “A universidade só faz sentido se ela estiver a serviço da comunidade, do desenvolvimento regional e da melhoria da qualidade de vida das pessoas”, diz.