Obra icônica de Gotuzzo surge em 1925, no Rio de Janeiro
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira15 de Janeiro de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Obra icônica de Gotuzzo surge em 1925, no Rio de Janeiro

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Há 100 anos

Um dos quadros mais representativos da obra de Leopoldo Gotuzzo (1887-1983), intitulado As pérolas, chega ao centenário neste ano. A obra foi pintada no ateliê do artista no Rio de Janeiro e atualmente pertence ao acervo do Museu de Arte da Universidade Federal de Pelotas, no qual ele é patrono.

Na época Gotuzzo desfrutava de prestígio na sociedade carioca, onde morava desde 1920. Seu ateliê ficava na rua Tavares Bastos, um sobrado grande, que existe até hoje no histórico bairro do Catete, local que sediou a presidência da República. 

“Ele era um exímio desenhista, é uma tela muito bonita. Fazia uns cinco anos que ele tinha voltado da Europa, lá eles tinham muitas aulas de desenho com modelo vivo. Então ele regressa pro Brasil, no final de 1919 e vai para o Rio de Janeiro em 1920 e começa a participar de salões. Ele teve várias premiações com esse tipo de obra”, comenta a professora e pesquisadora Raquel Santos, autora da tese Leopoldo Gotuzzo e a construção do Malg (1887-1986).

Durante sua estada por Portugal, entre 1927 e 1930, a tela integrou uma exposição em Lisboa, em 1928, mas não foi vendida. “As telas que não eram vendidas, às vezes até premiadas, ele guarda com ele e depois faz a doação (à UFPel)”, comenta Raquel.

Obra foi doada pelo artistas à Universidade e hoje compõe o acervo do Museu de Arte (Reprodução)

Equilíbrio e composição

Na tese, a pesquisadora escreve sobre o talento do artista: “têm o domínio do desenho e equilíbrio na composição”. Artista acadêmico, não se misturou ao movimento Modernista.

Leopoldo Gotuzzo era filho do casal formado pelo italiano Caetano Gotuzzo (proprietário do Hotel Aliança) e pela pelotense Leopoldina Netto. Eles tiveram seis filhos, todos nascidos em Pelotas: Humberto, Caetano, Leopoldo, Dora, Haroldo e Zaïra.

Fontes: Leopoldo Gotuzzo e a construção do Malg (1887-1986), de Raquel Santos; Catálogo Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (2017)

Leitor conta que tem tela centenária de Rossani  

Tela está no acervo do empresário Klécio Santos (Reprodução)

O texto Rossani escolhe a Bibliotheca Pública Pelotense para expor suas telas da coluna Memórias, edição de ontem do A Hora do Sul, chamou a atenção do jornalista e empresário Klécio Santos, que tem uma tela daquela exposição. O registro do jornal lembrava da mostra ocorrida há 100 anos e da trajetória do artista paranaense, de família argentina.  

Santos comprou a obra há alguns anos do também jornalista Henrique Pires. Na tela o artista apresenta uma paisagem do interior de Pelotas. A obra do acervo do empresário ilustra uma das páginas do livro Bibliotheca Pública Pelotense (2017), em que Santos conta a história da BPP. 

Há 50 anos

Com o fim da intervenção sindicato tem nova diretoria empossada 

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Grande começou o ano de 1975 em clima de apaziguamento, depois do fim da intervenção judicial. Em janeiro a entidade já tinha uma nova diretoria eleita e empossada, sob a presidência de João Duarte Serafim. 

A intervenção fora decretada em junho de 1973 por causa do clima de agitação que surgiu durante a eleição da diretoria. Naquele período o então presidente, Arnaldo Quessada, foi afastado do cargo, após a eleição ser anulada. Naquele período de regime de exceção, foi nomeado um interventor do Ministério do Trabalho. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal e a Delegacia Regional do Trabalho iniciaram investigações para apurar supostas irregularidades na contabilidade do Sindicato. 

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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