Cultura é um dos sinônimos da identidade pelotense. Faz parte da essência histórica da construção do município. Era natural que o Festival Internacional Sesc de Música encontrasse um lar aqui, mas o sucesso retumbante mostra que podemos alcançar ainda mais nesse setor. É um período em que a cidade vive e respira música e isso é fundamental para pavimentar caminhos para um futuro turístico.
A nossa raiz cultural é um dos principais chamarizes, se bem trabalhado, para visitas. Poucos locais no país têm tantas influências étnicas quanto Pelotas. Somos uma cidade feita por africanos, portugueses, alemães, italianos, franceses, árabes e uruguaios, entre tantas outras ascendências. Tudo isso gera uma mistura perfeita para atrair gostos variados.
Nos últimos meses, tivemos pelo menos dois eventos que deixaram por semanas a praça Coronel Pedro Osório, o coração do nosso Centro, lotada. Tanto a Feira do Livro quanto o Doce Natal atraíram grande público local. É um exemplo também de que, quando oferecidas atividades culturais, a nossa própria comunidade abraça. Vemos o mesmo na Fenadoce, Dia do Patrimônio e diversas outras datas do nosso calendário.
Mas, voltando ao Festival, é um impacto fundamental também na nossa economia. Como uma cidade que tem no comércio uma de suas principais vertentes, a “paradeira” é superada com movimentação intensa nos bares, restaurantes e hotéis. Artistas e visitantes de diversas áreas do Brasil e do exterior movimentam-se por aqui, consomem e deixam recursos para esse setor, além de levar adiante o nome da cidade.
Por isso, é importantíssimo sermos uma cidade preparada para isso. Essas pessoas vão voltar para suas terras e falar sobre Pelotas. Fazer uma boa recepção e tornar a experiência digna de indicação e retorno é essencial. Falta menos de uma semana, e sabemos quais nossas virtudes e defeitos. Temos que trabalhar em ambos para que o Festival siga sendo um sucesso, impulsionando nossa economia, inspirando nossa comunidade e reforçando nossa potencialidade turística.