Ariel Lanzini prefere dizer que no Pelotas nenhum jogador é titular, mas que “está titular”. Em um campeonato como o Gauchão, cuja primeira fase terá oito rodadas em 24 dias, muito mais de 11 atletas iniciarão partidas. Mas não há equipe forjada sem uma espinha dorsal, e a do Lobo ficou mais visível após os últimos dois jogos-treino, que encerraram a pré-temporada.
Dois atletas participaram de todos os minutos das atividades contra Guarany, em Bagé, e Cerro Largo, na Boca do Lobo: Jorge e Marcelinho. Outros nove estiveram em mais de 90 dos 180 minutos: Yuri, Heverton, Vidal, Bruno Ré, Robson Lopes, Bryan Gabriel, Ruster, Emerson e Léo Ferraz. Atuaram entre 45 e 90 minutos Victor Massaia, Guilherme Gusso, Tiago Troleze, Cesinha e Luizinho.
A minutagem dos atletas nos testes realizados com a comissão técnica adotando o chamado “formato de jogo”, ou seja, promovendo no máximo cinco substituições, indica uma base de time com Jorge; Vidal, Yuri, Heverton e Bruno Ré; Robson Lopes, Bryan Gabriel; Ruster, Marcelinho, Emerson e Léo Ferraz, no esquema 4-2-3-1/4-4-2.
Lanzini observa variações
Por conceito, a comissão técnica não adota um time titular considerado ideal. Desgaste físico, suspensões, lesões, gerenciamento do elenco e características dos adversários vão resultar em escalações pontualmente diferentes. Em função disso, diversas combinações foram testadas durante a pré-temporada.
“A equipe vai criando casca, variações, não digo nem táticas, mas de peças, porque uma variação de peças às vezes muda a característica. Esse trabalho bem variado nos ajuda a criar laços”, disse Ariel Lanzini depois do jogo-treino do último domingo (12), quando observou 16 atletas diante do Cerro Largo.
Disputas por titularidade
Vidal ganhou mais minutos na lateral-direita contra os uruguaios porque, além de ter chegado ao clube depois de Guilherme Gusso, sofreu com uma virose e seu tempo em campo era menor que o do companheiro. Uma “disputa boa”, segundo Lanzini, assim como na zaga, em que Victor Massaia, Yuri e Heverton concorrem por duas vagas.
No domingo, quem foi à Boca do Lobo também notou que Warlei e Léo Ferraz atuaram juntos por meia hora. Para o treinador, os dois podem compor o sistema ofensivo apesar de serem os principais candidatos à camisa 9. “Não vejo problema e pode ser uma alternativa para segundo tempo também”, analisou Ariel.
“A gente vai precisar do elenco. As equipes que vão conseguir ir bem serão não simplesmente aquelas com os melhores jogadores, mas com os elencos mais recheados e também os jogadores mais treinados. Por isso nos três primeiros amistosos a gente procurou dar 45 minutos para todos os jogadores”, também afirmou o comandante.
Mistério no DM
Após participar da íntegra da atividade em Bagé, Cesinha ficou fora do teste contra o Cerro Largo. Depois do último jogo-treino, o técnico do Lobo mencionou que o grupo tem “um ou outro jogador levemente machucado”. É o caso do meia, único atleta à disposição cujo perfil se assemelha ao de um camisa 10 tradicional.
“O Cesinha é o meia que a gente tem. No jogo em Bagé ele jogou o tempo inteiro e acabou com uma entorse no tornozelo, acabou ficando de fora. Vai ter que tratar para a estreia. […] Com a saída do Cesinha, procurei dar meio tempo para Marcelinho e Luizinho poderem trabalhar no meio-campo e vermos alternativas”, explicou Lanzini.
Cesinha não é o único jogador tratado como dúvida para encarar o São José. O clube faz mistério e não divulga os atletas no departamento médico. O volante Bruno Luiz não esteve em campo nos últimos dois testes. Além dele, também não receberam minutos Jacone, João Vila Verde, Duda Haas, João Lucas, João Bosenbecker e Bruno Inácio.
Tabela do Pelotas
22 de janeiro, 21h30min
São José (F)
26 de janeiro, 16h
Monsoon (C)
30 de janeiro, 20h
Avenida (C)
2 de fevereiro, 19h
Guarany (F)
5 de fevereiro, 21h30min
São Luiz (F)
8 de fevereiro, 16h30min
Brasil (C)
11 de fevereiro, 21h30min
Grêmio (F)
15 de fevereiro, 16h30min
Juventude (C)
