Médicos da Santa Casa de Rio Grande paralisam atendimentos novamente
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Terça-Feira14 de Janeiro de 2025

Mobilização

Médicos da Santa Casa de Rio Grande paralisam atendimentos novamente

Atraso nos vencimentos de setembro e outubro fez categoria cumprir com indicativo de greve no final do ano

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Atualizado terça-feira,
14 de Janeiro de 2025 às 09:18

Médicos da Santa Casa de Rio Grande paralisam atendimentos novamente
Quem procura atendimento está sendo encaminhado a outros locais. (Foto: divulgação)

Quem busca atendimento clínico na Santa Casa de Rio Grande é orientado a procurar pelo serviço em uma unidade de Pronto Atendimento do município. Desde sábado, os médicos entraram em greve cumprindo o indicativo feito no final do ano, após Assembleia Geral Extraordinária acompanhada pelo Sindicato Médico do Rio Grande (Simerg) e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers).

A categoria, na ocasião, aceitou a proposta do hospital, porém esta não foi cumprida. Representante dos dois sindicatos estarão reunidos na manhã desta terça-feira (14) com a Secretaria de Saúde do município e direção do hospital. Atendimentos de urgência e oncológicos foram mantidos.

O presidente do Simerg, o médico Sandro Oliveira, explica que no final de dezembro, a categoria paralisou as atividades entre os dias 28 e 30, quando aceitou a proposta de pagamento de 70% de setembro.

O restante e mais 40% de outubro deveriam ser quitados no dia 10 deste mês. “Eu não acredito mais que com boa fé o pessoal vai voltar. Já tiveram e não receberam”, diz o médico sobre a paralisação.

No encontro desta terça-feira serão debatidos com médicos outros fatores além da falta de pagamento. Com a Prefeitura, a possibilidade é de como o Município possa colaborar com a situação.

“Com o diretor Renato Silveira, queremos saber sobre um recurso do Portos RS em tramitação, uma emenda de R$ 1,3 milhão já liberada e um teto que eles mesmo falaram”, adiantou. Para a categoria, quatro meses de salário atrasado é inaceitável.

Hospital reconhece situação

Em nota, a Santa Casa diz que recebeu um ofício e reconhece a legitimidade das manifestações. A administração diz que respeita a decisão e aponta que foram realizados esforços e adotadas medidas administrativas para viabilizar a regularização dos pagamentos.

No entanto, foi possível quitar somente o mês de setembro. “Contudo, infelizmente, não houve o ingresso de recursos suficientes para cumprir o compromisso previamente estabelecido com a categoria”, diz a nota.

A casa de saúde se comprometeu a quitar os vencimentos assim que renovar o Termo de Compromisso firmado com a Portos RS, vinculado ao Fundo de Recuperação de Bens Lesados, o que deve ocorrer no dia 16.

Atendimento

Em função da paralisação, o maior impacto é no atendimento eletivo, que foram suspensos temporariamente, além das primeiras consultas em algumas especialidades. Pacientes em tratamento oncológico e serviços de urgência e emergência são mantidos para não colocar os pacientes em risco iminente.

Se não houver acordo, as escalas de plantões no Pronto-Socorro serão mantidas até o dia 18. Os casos que não se enquadrem em urgência e emergência devem buscar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

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