Montanha russa climática

Editorial

Montanha russa climática

Montanha russa climática
"Por aqui, sequer lidamos totalmente com os impactos das enchentes e já começamos a olhar preocupados para a estiagem". (Foto: Qz7 Filmes)

É quase semanal, no noticiário internacional, vermos imagens chocantes de alguma tragédia ambiental que assola o mundo. Fomos nós mesmos protagonistas dessa tristeza há menos de um ano. Hoje, vemos um horror nos Estados Unidos, com as queimadas assolando a Califórnia.

Por aqui, sequer lidamos totalmente com os impactos das enchentes e já começamos a olhar preocupados para a estiagem. Com isso tudo acontecendo, o sentimento de preocupação, somado à angústia, naturalmente toma conta. Mas um questionamento deve ser feito: afinal, o que podemos fazer, como indivíduos e coletivamente, para resolver isso?

Precisamos avançar em educação ambiental e, mais do que isso, nas nossas posturas. A postagem da prefeitura de Pelotas nessa semana, mostrando o lixo colocado um dia após um mutirão de limpeza, gerou indignação.

Corretamente. Todo pelotense reclama da sujeira da cidade. Foi um dos fatores fundamentais do pêndulo que decidiu a última eleição. Mas, no fim das contas, quem faz isso é… o próprio pelotense!

Passa pela falta de conhecimento, noção ou, basicamente, respeito com o mundo onde vivemos. A preocupação com o extremo climático já deixou de ser uma pauta do futuro e bate à nossa porta todos os dias.

Vivemos um momento de temor, onde não sabemos sequer o dia de amanhã. Afinal, pode sempre vir uma bomba d’água e vivermos uma nova enchente. Como pode ficar mais três meses sem chover e nos depararmos com racionamento de água, uma realidade bem conhecida dos pelotenses.

Diante de todo esse cenário, é importante fazermos cidadania e fiscalização. Alertar o familiar, o vizinho, o amigo, educar os filhos e cobrar posturas que sejam orientadas ao desenvolvimento de práticas ambientalmente saudáveis.

Preservar o mundo, no contexto que vivemos, já deixou de ser algo voltado às próximas gerações. Nós mesmos corremos riscos de vivenciar tragédias ainda maiores e não podemos aceitar de braços cruzados que isso se repita.

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