Arlinda Nunes mostra obras com referências modernistas

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Arlinda Nunes mostra obras com referências modernistas

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Há 50 anos

Obras da artista de 1975 foram reproduzidas na obra A arte de Arlinda Nunes (Reprodução)

A artista plástica Arlinda Nunes apresentou os resultados de sua imersão, de ao menos três anos de estudo, na Arte Moderna, a partir da década de 1970. As obras criadas naquela época se afastaram do academicismo, mostrando as referências ao abstracionismo e ao concretismo. “A experiência de Inah Costa (sua professora) com a proposta da Arte Moderna, fez com que Arlinda percebesse novas dimensões e modos para a produção em sua obra. A plasticidade própria a Arte Moderna ainda era uma novidade no campo artístico pelotense e o curso de Inah Costa vai promover novos olhares… Arlinda produz intensamente neste período e se encoraja a realizar mostras individuais, como em 1973, na II Semana de Pelotas e a Exposição da SMED/Pelotas, em 1975”, descreve a professora e pesquisadora Úrsula Rosa da Silva, no livro A arte de Arlinda Nunes (2019).

Reprodução do autorretrato que está no acervo do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo/UFPel

Atuação em dois séculos

Uma das mais inventivas e atuantes artistas pelotenses do século 20 e início do 21, a pelotense, nascida em 1928, integrou a segunda turma da Escola de Belas Artes (fundada em 1949), formando-se em Licenciatura Plena em Desenho e Pintura, em 1954. Arlinda Nunes também foi professora da Escola Assis Brasil e fundou o Movimento Artístico de Pelotas (MAP) em 1976.

Fonte: A arte de Arlinda Nunes (2019), de Ursula Rosa da Silva

Há 90 anos

Entidades carnavalescas se preparam para a folia

Com a proximidade do Carnaval as entidades carnavalescas divulgavam intensa programação para arrecadar recursos. Foi o caso da  diretoria do Cordão Carnavalesco Quem Ri de Nós tem Paixão, que anunciou no jornal A Alvorada um  festival artístico para o dia 22 de janeiro no Círculo Operário Pelotense. Os recursos conseguidos com o evento seriam aplicados em obras na sede da entidade.

Naquele ano a entidade desfilou com mais de 50 integrantes, com destaque para o porta-bandeira, José Leite, fantasiado de chinês moderno, e para o porta-estandarte Francisco Alves e Carlos Cardoso, com fantasias de arauto romano. 

Outros eventos

Por sua vez, o Clube Carnavalesco Está tudo Certo preparava a posse da nova diretoria com uma festa no dia 27 janeiro. O Depois da Chuva avisou à imprensa que passaria com o “livro de ouro”, arrecadando dinheiro,  pelo comércio local. E em Rio Grande, o bloco Estrela do Oriente prometia bailes nos dias 19 e 20, na sua sede social. 

Fonte: A Alvorada/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Aplausos e críticas para a soprano Myra Rocha 

A soprano gaúcha Myra Rocha foi elogiadíssima pelo editorial da revista Illustração Pelotense. A cantora se apresentou aos pelotenses no dia 13, na Bibliotheca Pública Pelotense. Entre as composições interpretadas estavam o foxtrot O filósofo.

Porém, em Rio Grande, a performance de Myra não foi tão apreciada. Na imprensa  local (jornal O Tempo) a crítica negativa apontava erros tanto no seu desempenho quanto na falta de variedade do programa apresentado, em 19 de fevereiro de 1925, no Conservatório de Música do Rio Grande.

Fonte: revista Illustração Pelotense; artigo O Conservatório de Música do Rio Grande no jornal O Tempo: Abordagens preliminares, do professor doutor Luiz Guilherme Duro Goldberg e acadêmica Rossana Marina Duro Sparvoli, do Conservatório de Música da UFPel

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