Fogo em campo no verão reduz de 171 para 20 casos

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Fogo em campo no verão reduz de 171 para 20 casos

Período comparativo envolve 70 dias entre novembro e janeiro de 2022 a 2025. Efeitos climáticos colaboraram para redução na região

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Fogo em campo no verão reduz de 171 para 20 casos
Na última semana, uma das ocorrências em Pelotas foi um incêndio em casa de madeira no bairro Navegantes (Foto: Lucas Kurz)

As ocorrências de fogo em campo atendidas pelas unidades do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) de Pelotas, São Lourenço do Sul e Canguçu tiveram uma redução significativa no período de novembro, dezembro e início de janeiro na comparação dos três últimos anos. Em 2022/2023, quando uma forte estiagem assolou a região, as unidades somaram 171 atendimentos, total que reduziu para 14 (98,33%) no ano seguinte e 20 (93,33%) em 2024/2025. Os eventos climáticos, com grande volume de chuva, são atribuídos à redução. Já com o período sem chuva no final do ano passado, os casos já se intensificaram, principalmente em dezembro.

Entre as causas que resultaram na redução dos números, o principal apontado pelo auxiliar da Seção de Operações, Defesa Civil e Comunicação Social do 3° Batalhão de Bombeiro Militar em Pelotas, tenente Gilberto Alves, foi o volume de chuva ocorrida durante o inverno e a primavera de 2024. “A origem dos incêndios em vegetação apresenta causas diversas, mas em sua grande maioria é causada pela ação humana”, destaca Gilberto, que faz uma alerta: “É notório que a redução este ano é em função das chuvas que deixaram terreno muito molhado e a vegetação bem baixa. Porém, a previsão é de pouca chuva e talvez esses números comecem a aumentar a partir de fevereiro e março”.

Alerta

Diante da tendência de pouca chuva, o tenente lembra que quando há incêndios próximos a residências, normalmente se atribui a duas causas: a limpeza do pátio ou terreno baldio e o acúmulo do entulho próximo ao local ou falta de corte de grama ou lixo, que ficam expostos e com um simples cigarro aceso no local podem provocar um sinistro. “O ideal é que o cidadão mantenha o entorno de sua residência limpa, com a grama sempre aparada. Em caso de corte de grama ou limpeza do pátio, utilizar sacos de lixo para recolher os dejetos e efetuar o descarte em local apropriado”.

A população deve ficar atenta, já que o cenário aponta para uma incidência maior nos próximos meses, e ligar imediatamente para o 193 caso aviste focos de incêndio. “Uma rápida intervenção do Corpo de Bombeiros permite que esses focos não se propaguem, contribuindo para a preservação da fauna, flora e patrimônio”, destaca Gilberto.

Ápice

O pico de ocorrências ocorreu no final de 2022. Um que chamou a atenção foi em dezembro daquele ano, quando a Reserva Ecológica do Taim ardeu em fogo. Foram mais de 500 hectares atingidos e os bombeiros tiveram dificuldade de acesso ao foco do incêndio, por ser uma área de banhado. Além das equipes de brigadistas atuarem por terra, dois helicópteros foram acionados no combate ao fogo. Dois meses depois, um incêndio às margens da BR-392, em Pelotas, também mobilizou as equipes de atendimento, atingindo 400 hectares de campo e deixando a cidade coberta por fumaça por dias.

Direcionamento

Sobre a relação das ocorrências (quadro), o Pelotão de Bombeiros de Pelotas era responsável pelos atendimentos em Canguçu até 2022, quando foi instalado o quartel. No ano passado, a unidade de São Lourenço do Sul passou a fazer parte do Comando de Santa Cruz.

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