A postura do presidente da Câmara de Pelotas em 2024 gerou prejuízos não apenas para o Executivo, mas para a economia da cidade e para a imagem do poder Legislativo. Agora, a missão do novo presidente, Carlos Júnior (PSD), é reaver esse prejuízo e melhorar a imagem dos vereadores.
Isso começa por fazer uma auditoria das contas da Casa no ano passado. É inadmissível que assessores recebam milhares de reais em diárias para, no fim do ano, não ter dinheiro para pagar serviços e funcionários.
Além disso, com apoio do governo, a Câmara precisa aprovar o quanto antes projetos que foram arquivados em 2024. Entre os 14, três são especialmente simbólicos.
Primeiro, a lei que autoriza isenções para a construção do Minha Casa, Minha Vida. A construção civil é um dos setores que mais emprega em Pelotas, enquanto há um déficit habitacional enorme. Se necessário, que se revejam os benefícios, mas a cidade não pode ficar sem programas habitacionais.
Segundo, o projeto que autoriza o município a integrar o consórcio regional de inspeção de produtos de agroindústrias. É vergonhoso que somente Pelotas, a maior cidade da região, não integre o grupo. Há tempo de reverter esse atraso.
O terceiro é um projeto enviado pelo governo da prefeita Paula que institui o Plano Municipal pela Primeira Infância. Que o novo governo adapte a proposta à sua visão, mas que não deixe passar a oportunidade de aprimorar as políticas públicas para a infância.