Manifestação contra fechamento da Usina Candiota 3 mobiliza população

Mineração

Manifestação contra fechamento da Usina Candiota 3 mobiliza população

Operações de mineração continuam até dia 28 de fevereiro, mas futuro é incerto

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Manifestação contra fechamento da Usina Candiota 3 mobiliza população
Ato na segunda-feira reuniu lideranças locais

O clima de preocupação contra o desligamento da usina termelétrica Candiota 3 se mantém. Uma manifestação pacífica realizada nesta segunda-feira, em Candiota, reuniu trabalhadores e políticos para protestar contra o desligamento da planta, ocorrido no dia 1º de janeiro. O movimento tem como principal objetivo sensibilizar o governo federal a sancionar, sem vetos, o Projeto de Lei 576/2021, que prevê a extensão das operações da usina até 2050.

Atualmente, as operações de mineração continuam até o dia 28 de fevereiro, mas a incerteza quanto ao futuro preocupa. A mineradora CRM está apenas armazenando carvão como reserva para um eventual retorno da usina, que permanece fechada para manutenção. “Parar a usina e a mineração compromete não apenas empregos locais, mas investimentos futuros, como uma nova fábrica de cimento que traria R$ 100 milhões em investimentos. Sem a usina, essa fábrica não será construída”, destaca o prefeito Luiz Carlos Folador (MDB).

A mobilização contou com a presença de trabalhadores do setor de energia, mineração e empresas terceirizadas, além de membros da comunidade local. Segundo Hermelindo Ferreira, diretor de comunicação do Sindicato dos Mineiros de Candiota, a avaliação do ato foi positiva. “Queremos mostrar a gravidade do impacto do fechamento dessa usina, que pode resultar em cerca de cinco mil desempregos diretos e indiretos em uma região já economicamente fragilizada”, relata.

A usina é fundamental para a economia local, afirma o prefeito. “O fechamento afeta não só Candiota, mas também cidades vizinhas como Bagé, Pinheiro Machado e Hulha Negra, além de toda a cadeia produtiva, que inclui fábricas de cimento e operações no Uruguai. Estamos falando de empregos, impostos e desenvolvimento que serão perdidos”.

Apelo ao governo federal

Tanto o prefeito quanto os líderes sindicais pedem que o governo federal reconheça a importância estratégica da usina. O PL 576/2021, já aprovado na Câmara e no Senado, aguarda sanção presidencial até o dia 10 de janeiro. “Estamos buscando apoio do governo do Estado para reforçar o diálogo com o presidente Lula e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Precisamos garantir a continuidade da usina para evitar o colapso econômico da região”, afirma Hermelindo Ferreira.

Pensando nessa articulação política, foi realizada na tarde desta segunda-feira uma reunião com o governador em exercício, Gabriel Souza (MDB). Segundo Folador, a reunião rendeu frutos e Gabriel pretende conversar com a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e com o próprio presidente Lula sobre a importância da usina, dos empregos gerados por ela e dos impostos.

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