De acordo com Boletim de Preços Dinâmicos, elaborado mensalmente pela Secretaria da Fazenda, o preço médio da cesta de alimentos no Estado encerrou 2024 com um aumento de 11,1%, ficando em R$ 284,75 no mês de dezembro. Nos municípios que compõem o Corede Sul, o aumento no valor do cesto foi 13,5% em 2024, ficando em R$ 284,81 no último mês do ano.
Entre os grupos de alimentos, o destaque foi para a queda registrada nas hortaliças, de 16,5% em dezembro – no acumulado do ano, o recuo foi de 33,6%. Por outro lado, o grupo de aves e ovos registrou alta de 32% em 2024. O grupo de óleos e gorduras também apresentou elevação significativa no período, com aumento de 25,1%.
Outro aumento relevante foi o do café moído, que teve alta de 9% em dezembro. O produto encerrou 2024 como um dos itens com maior variação de preço, acumulando elevação de 40%. Entre os produtos pesquisados, a maior alta foi do azeite de oliva, cuja variação positiva foi de 47,3% em 2024.
Cenário regional
Conforme o presidente Ceasa Pelotas, José Benemann, o começo do mês de janeiro também registra queda nos preços das hortaliças no atacado. “Certamente, a redução não fica por menos de 50%. Por exemplo, a caixa de tomate está sendo vendida entre R$20 e R$25; no começo de dezembro estava sendo comercializada a R$ 80”, relembra.
Outros itens que apresentam acentuada queda são o pimentão, vagem, alface, couve, batata inglesa – que no preço do atacado está sendo comercializada em R$1,50 o quilo, e a saca, dependendo da qualidade, entre R$ 30 e R$ 50. A melancia também apresenta redução em relação a 2024: no atacado, no ano passado estava sendo comercializada em torno de R$3; hoje o preço está em torno de R$1 a R$1,50.
Em contrapartida, os ovos apresentaram aumento significativo na região sul a partir do mês de outubro e prossegue com valor elevado até o término das festas de final de ano. “A partir de agora o preço do ovo já começa a cair. Nessa semana o valor da caixa já reduziu em R$10 e para a próxima semana pode cair ainda mais R$10 a caixa”, projeta.
Apesar de bom para os consumidores, que possivelmente contarão com preços das hortaliças mais baixos até o mês de março, a redução do preço de venda para os produtores deverá gerar problemas no futuro. “Além do desestímulo, os produtores não terão poder aquisitivo para plantar e a produção deve reduzir de 30% a 50% para 2026, causando aumento nos preços ao consumidor final para o próximo ano”.