Feiras de ovinos movimentam municípios da Zona Sul

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Feiras de ovinos movimentam municípios da Zona Sul

Pinheiro Machado, Herval e Jaguarão sediarão eventos com foco em produtores comerciais e de genética

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Feiras de ovinos movimentam municípios da Zona Sul
Tradicionais feiras de verão movimentam a economia do interior do Rio Grande do Sul. (Foto: Jô Folha)

Três municípios da região sul serão sede de eventos voltados à produção de ovinos entre os meses de janeiro e fevereiro. Em Pinheiro Machado, a 41ª Feovelha ocorrerá de 29 de janeiro a 2 de fevereiro; a 47ª Expofeira de Ovinos Meia Lã, em Herval, de 12 a 14 de fevereiro; e a 51ª Exposição Estadual de Ovinos Meia Lã, em Jaguarão, de 22 a 23 de fevereiro.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, a expectativa para a realização das feiras é positiva por tudo o que vem se observando dentro da ovinocultura, com maior interesse de novos produtores e crescimento de rebanho. “Todos esses animais que participam das feiras são selecionados e passam pela inspeção de técnicos da Arco. Para quem compra, é uma garantia”, explica.

A Feovelha de Pinheiro Machado é considerada uma feira importante para o setor, visto que já chegou a comercializar cerca de oito mil ovinos. “Muitos produtores vão a Pinheiro Machado pela tradição, pioneirismo”, avalia Gressler. Já a Expofeira de Ovinos Meia Lã, em Herval, é reconhecida pela qualidade do padrão racial de seus rebanhos. “Jaguarão também é considerado um dos municípios mais tradicionais da ovinocultura, que vem retomando a importância da sua exposição”, avalia o presidente da Arco.
Conforme Gressler, estas feiras são oportunidades de os criadores adquirirem animais de excelente qualidade, não só genética, mas também ovinos oriundos de rebanhos selecionados, tanto para produção de carne como para produção de lã.

Objetivo das feiras da região é aproximar criadores de compradores. (Foto: Jô Folha)

Cenário na região sul

A região sul abriga o maior número de ovinos do Estado. O RS tem em torno de 3,2 milhões de ovinos. Atualmente, na avaliação Gressler, o cenário vem sendo promissor para os produtores, visto o retorno de investimento e momento do setor. “A espécie tem uma gestação de cinco meses. A velocidade do ciclo produtivo dá uma maior rapidez econômica”, explica. Atualmente, é o pequeno e o médio produtor que tem a grande capacidade de proporcionar ao Estado um aumento de rebanho, que já chegou a contar com mais 13 milhões de animais na década de 1970.

Perspectivas para o setor em 2025

Para 2025, o setor também espera um ano profícuo, apesar dos resquícios da tragédia climática enfrentada pelo Estado em maio de 2024. “2025 também deverá ser desafiador, mas o ovelheiro é resiliente. Esperamos a consolidação de programas de fomento e apoio à ovinocultura”, diz o presidente.
Atualmente, o Brasil tem um rebanho em torno de 20,2 milhões de ovinos. Cerca de 12 milhões estão no Nordeste, região que detém mais de 50% da população ovina, grande parte dos produtores são de pequenos agricultores. “A Arco deve ser um dos atores nesse protagonismo do desenvolvimento e fomento da ovinocultura para o Brasil. Vamos atuar no sentido de maior profissionalização desses pequenos produtores”, comenta.

Eventos região da campanha

As tradicionais Feiras de Verão também ocorrerão na região da campanha e fronteira oeste. A 45ª Feira de Ovinos de Verão Lã e Carne, no município de Dom Pedrito, ocorre de 9 e 10 de janeiro; a 17ª Agrovino, em Bagé, de 15 a 18 de janeiro, e de 22 a 26 de janeiro, a 47ª Feira de Ovinos de Sant’Ana do Livramento.

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