Se até a semana passada o bloco de oposição tinha favoritismo na disputa pela presidência da Câmara, o movimento de Carlos Júnior que enfraqueceu o grupo forçará os vereadores a recalcularem a rota. O grupo é formado por nove vereadores do PSD, do União Brasil, do PSDB, do PL e do PV.
Até terça-feira, o grupo dos nove deverá se reunir para definir uma estratégia para a disputa das comissões.
Embora o regimento da Câmara não preveja a figura do líder de oposição, naturalmente há parlamentares que acabam assumindo uma posição de destaque no confronto com o governo.
O vereador Marcos Ferreira, o Marcola (UB), que foi líder do governo Paula Mascarenhas (PSDB), reconhece que naturalmente esse papel deve ficar com algum vereador do PL, que enfrentou Fernando Marroni (PT) no segundo turno. O mais votado da oposição foi Marcelo Bagé (PL), que teve mais de 5,5 mil votos.
Da sua parte, Marcola, que foi militante do PT por décadas e chegou a ser eleito vereador pelo partido, pode acabar se tornando um interlocutor informal do governo com a oposição. “Terei uma postura republicana de respeito e de ser um vereador que irá exercer todo seu poder de fiscalização e de debater todos os temas”, afirma ele.
