Materiais escolares ficam mais caros e impactam no orçamento

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Materiais escolares ficam mais caros e impactam no orçamento

Pesquisa prevê um aumento entre 5% e 9% no preço dos itens em 2025

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Atualizado sexta-feira,
03 de Janeiro de 2025 às 15:09

Materiais escolares ficam mais caros e impactam no orçamento
Aumentos no custo dos materiais são influenciados por fatores como inflação anual e elevação nos custos de produção. (Foto: Bárbara Vencato)

Um novo ano se inicia e uma coisa é certa para os pais: a lista de material escolar vai chegar. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro, haverá um aumento entre 5% e 9% no preço dos itens em 2025. O levantamento aponta ainda que essas compras impactam diretamente no orçamento de 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar e que um a cada três compradores pretende parcelar para poder dar conta das despesas para o ano letivo de 2025.

A pesquisa foi aplicada entre os dias 2 e 4 de dezembro e, ao todo, foram realizadas 1.461 entrevistas com homens e mulheres acima de 18 anos em todo o país. Os principais gastos descritos pelos pais são com os materiais escolares solicitados pelas escolas (87%), seguido de uniformes (72%) e livros didáticos (71%).

Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), os aumentos no custo dos materiais se dão por conta de fatores como inflação anual e elevação nos custos de produção, além dos preços de frete marítimo, no caso dos importados, e alta do dólar.

O bolso pesa logo no início do ano

Para Rita Echevenguá, mãe da Maria Beatriz que vai iniciar o Pré-B em uma escola particular de Pelotas, o impacto é considerável, principalmente porque acumula com outros gastos dessa época do ano, como IPVA, IPTU e anuidade dos conselhos profissionais.

Para amenizar esses gastos ela aposta na organização prévia. “Reservamos parte do 13° para a compra do material e a pesquisa de preços é sempre válida, pois dependendo do item possui diferenças de valores, por isso, preferimos pegar de mais de um lugar ao invés de comprar a lista inteira em uma papelaria só”, diz. Além disso, a enfermeira aponta que a tecnologia tem auxiliado muito na hora das pesquisas “Conseguimos fazer orçamentos através do WhatsApp, pesquisa na internet e quando vamos adquirir, já vamos no local com os itens definidos para compra, o que economiza tempo e dinheiro”.

Driblando os gastos

Para o economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Eduardo Tillmann, a chave está no equilíbrio e no planejamento. Confira as dicas do economista:

  1. Identifique as necessidades reais do estudante;
  2. Confira o que do material do ano anterior ainda pode ser utilizado;
  3. Verifique se não há materiais de outras crianças próximas que não serão utilizados e podem ser repassados;
  4. Refaça a lista somente com os materiais que realmente precisa comprar;
  5. Faça uma pesquisa de preços presencialmente ou pela internet.

Outra dica que Tillmann dá é buscar comprar à vista. “Porque numa compra à vista a gente sempre consegue barganhar algum desconto e concretizar a compra”. Além disso, definir um orçamento com as crianças e explicar a importância de respeitar esse limite ajuda a evitar a pressão pela compra de itens que não são essenciais.

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