Monumento às Mães é inaugurado na véspera de Ano Novo

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Monumento às Mães é inaugurado na véspera de Ano Novo

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Há 65 anos

Uma das obras mais conhecidas do escultor pelotense Antonio Caringi (1905-1981) em sua terra natal aniversaria nesta terça-feira (31), o Monumento às Mães foi inaugurado em 31 de dezembro de 1959, no centro da praça Coronel Pedro Osório, bem próximo à alameda da rua Félix da Cunha. A escultura foi uma proposição da prefeitura do município, aprovada pela Câmara de Vereadores em junho de 1956. 

A modelo escolhida por Caringi foi a própria esposa, mãe de seus filhos, a poetisa Noemi Osorio Caringi. Na cena ela vai ao encontro de uma criança, inspirada na imagem do sobrinho do escultor, Fernando Luís Osorio, que tenta tocar em uma tartaruga. 

A solenidade ocorreu às 11h e contou com a presença de autoridades civis, religiosas e militares. Dentro do cerimonial, o ato recebeu a bênção do bispo diocesano Dom Antônio Zattera e o orador foi o advogado Vicente Russomano, a pedido do prefeito Adolfo Antonio Fetter, que finalizava a sua gestão. Caringi e sua família também participaram do evento.

Atualmente a base da escultura está pichada (Foto: Ana Cláudia Dias)

Ao longo dos anos Monumento à Mães sofreu algumas descaracterizações com os furtos de alguns elementos, como a tartaruga e a placa de bronze ali colocadas, tanto a original quanto uma cópia. “Foram duas placas pelas minhas contas, mas pode ter ainda uma terceira roubada”, comenta a restauradora Isabel Torino, que tem tese de doutorado sobre a vida e obra de Caringi. 

Preservação na praça

Para Isabel é lamentável também a quantidade de pichações que a obra ostenta atualmente. “É uma das minhas mais bem preservadas da praça, em termos de bronze, que é de muito boa qualidade”, diz. O que a escultura precisa, na opinião da restauradora, é de uma limpeza na pedra e no peito da mãe. 

A placa original tinha um frase de um poeta, após foi colocada outra placa de bronze e que informava quem era a poetisa, porém foi furtada novamente. “Tem o dedinho da mão do menino, que tentaram serrar. Tudo isso faz parte daqueles processos horríveis que sofrem os monumentos à noite. Não se pode fazer nada enquanto decisões não forem tomadas, ações não forem feitas, vamos aguardar agora a nova gestão para ver, porque enquanto não forem tomadas as providências de monitoramento por câmera e vigilância permanente, não há o que fazer com os monumentos, porque eles vão ser todos roubados de novo”, comenta a restauradora.

Há 50 anos

Rei Momo de Rio Grande é hospitalizado

O Rei Momo do Carnaval de Rio Grande, na época, estava no posto há mais de duas décadas, Gonçalo Amarante da Silva foi hospitalizado na Santa Casa de Misericórdia, vítima de um mal súbito. Quatro dias antes Silva tinha atuado como Papai Noel, em um evento no Estádio General Sampaio, do 6º GAC, descendo de um helicóptero. 

Natural de Pelotas, viveu a maior de sua vida no vizinho município, onde foi funcionário público municipal, na extinta Secretaria de Transportes, atuando nos bondes e depois nos ônibus, que faziam a linha do Cassino.

Sua última participação no Carnaval foi em 1979, mesmo após ter sofrido um acidente de automóvel. Mesmo em cadeira de rodas vestiu a fantasia de Rei Momo e participou ativamente do evento, que ocorreu na Marechal Floriano. A morte ocorreu em 8 de abril. 

Homenagens

Em 1981, o prefeito Rubens Emil Corrêa, homenageou o ex-Rei Momo denominando de Gonçalo Amarante da Silva a rua atualmente designada 59, no Bosque Silveira, com início a partir da rua João da Silva Silveira e término na rua Doutor Paulino de Mello Dutra. “Como justa e merecida homenagem ao brilhante trabalho desempenhado pelo mesmo em nossos carnavais, além de ter sido o mais velho Rei Momo do País”, justificou o ex-prefeito.

Em 2004, o vereador Renato Lempek também homenageou Silva indicando seu nome a pista, localizada no, então, Centro de Eventos da cidade, junto à antiga estação férrea. O local recebia os desfiles de Carnaval da Cidade. 

Fontes: Diário Popular/Acervo BPP e Câmara de Vereadores do Rio Grande (https://leismunicipais.com.br/) 

Há 100 anos

Comandante do 9º organiza batalhão para combater insurgentes

O tenente-coronel Tancredo Fernandes de Melo, comandante do 9º de Infantaria, organizou o 3º Batalhão deste regimento, o qual teria como comandante do major Gasparino Silva. Na época, batalhões do Sul do Estado auxiliaram no combate aos insurgentes nas regiões oeste do Rio Grande do Sul. 

Antes, em 1901, durante sua permanência em Santa Vitória do Palmar, escreveu uma monografia chamada O Município de Santa Vitória do Palmar, obra que foi premiada na Exposição Estadual do Rio Grande do Sul, dando-se a esta a Menção HonrosaApós Pelotas, Fernandes de Melo comandou o  25º Batalhão de Caçadores, entre janeiro de 1926 e janeiro de 1929, em São Luiz no Maranhão. O 25º BC teve participações importantes no cenário nacional combatendo a Coluna Prestes em 1925.

Fontes: Diário Popular/Acervo BPP; blog Planet Sul

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