O acordo que coloca Carlos Júnior como presidente da Câmara alcança um ponto de equilíbrio na relação entre os poderes. Se antes despontava um cenário de acirramento e desarmonia entre o Legislativo e o Executivo, Carlos Júnior ter conquistado o status de nome de consenso contém a fervura, em um quadro em que nem o governo nem a oposição conseguem a hegemonia no Legislativo.
Aliás, se o embargo da minirreforma administrativa representava uma derrota para o governo petista, a perspectiva de uma mesa diretora da oposição não era nada animadora. Com a composição proposta no momento, Marroni pode ficar um pouco mais tranquilo. Suas propostas, ao menos, serão colocadas em pauta.
Se, por um lado, Marroni sai ganhando, isso não significa que a oposição esteja enfraquecida, pelo contrário. Resta ver como cada vereador, em especial os do PL, irão atuar na Câmara. Enquanto isso, o pior resultado é para Cauê Fuhro Souto, que passou de articulador do bloco da base a presidente do grupo da oposição e, agora, se vê praticamente isolado.