Há 110 anos
O ex-governador do Estado, Carlos Barbosa (1851-1933), juntamente com a família, foi recebido pelo governador de Montevidéu com pompas, no retorno de uma viagem à Europa. A notícia que chegava de Jaguarão em 30 de dezembro de 1914 era de que no dia seguinte o ministro uruguaio das Relações Exteriores ofereceria um banquete em homenagem ao político gaúcho. Integrantes do corpo diplomático do Uruguai e do brasileiro, bem como outras autoridades, participaram da homenagem.
Nascido em Pelotas, oriundo de uma tradicional família estancieira de Jaguarão, Carlos Barbosa era sobrinho-neto de Bento Gonçalves. Com 15 anos foi estudar no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, colégio da elite do Brasil Império, onde concluiu o curso de humanidades. Em 1875 graduou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em 1882 ajudou a fundar o Partido Republicano Rio-grandense em Jaguarão, onde criou o jornal republicano A Ordem. Ainda no final do século 19, abraçou a carreira política, tornando-se um dos políticos mais importantes da sua época. Em 1907 foi escolhido como sucessor de Borges de Medeiros e conseguiu se eleger para governador do Estado, cargo que exerceu de 1908 a 1913.
Obras
Conhecido por ter saneado as finanças do Estado, seu governo também ficou marcado pelas obras realizadas, como a do prédio da Faculdade de Medicina, da capital, do Instituto Pasteur e pela remodelação do hospital da Brigada Militar.
Ainda implantou o cais do porto de Porto Alegre e do porto de Rio Grande, permitindo o atraque de navios de grande porte. Também foi na sua administração que o Palácio Piratini começou a ser construído, obra concluída em 1913 por Borges de Medeiros, e o monumento a Júlio de Castilhos.
Em 1920 foi eleito senador da República, cargo ao qual foi reconduzido em 1927. Dois anos depois, aos 78 anos, saiu da cena política por causa de problemas de saúde e regressou a Jaguarão, onde morreu aos 82 anos. O nome da cidade de Carlos Barbosa é uma homenagem ao ex-governador do Estado.
Legado
Atualmente sua história e o seu legado estão preservados no museu que leva o seu nome, em Jaguarão. A casa da rua 15 de Novembro, 642, que abriga a entidade, foi a casa do médico e político.
Em 26 de maio do próximo ano, a Fundação Doutor Carlos Barbosa Gonçalves completará 50 anos. Cabem a esta entidade sem fins lucrativos a preservação e a manutenção do Museu Doutor Carlos Barbosa Gonçalves.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org; www.museudrcarlosbarbosa.com.br/
Há 100 anos
Empresários realizam festa para o Collegio Alemão
Empresários do município, entre eles o industrial Carlos Ritter, Frederico Ruge, dono de uma fábrica de charutos em Rio Grande, e o comerciante alemão Adolfo Schwab, além do professor Reinhard Heuer, promoveram uma festa no Clube Germânia em favor do Collegio Alemão de Pelotas, fundado em 1898. A entidade tinha passado por dificuldades em função da Primeira Guerra Mundial. Estes cidadãos compunham a sociedade escolar que ajudava a manter a entidade.
Fontes: A Opinião Pública/Acervo BPP
Há 50 anos
Scarone Vieira reassume prefeitura de Rio Grande
Depois de um período de afastamento, por mais de 30 dias, reassumiu a chefia do Executivo rio-grandino o tenente-coronel Cid Scarone Vieira. O político tinha se licenciado para fazer uma viagem a Brasília e tirar dias de férias. Na ausência do titular, respondeu pela prefeitura o chefe de gabinete, Augusto Costa Lopes. Naquele ano, o ex-prefeito foi também presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul).
Em plena Ditadura Militar, Vieira foi um prefeito nomeado pelo Conselho Nacional de Segurança, e governou Rio Grande de 31 de janeiro de 1969 a maio de 1975. Depois dele, vieram mais três gestores nomeados. As eleições para o cargo foram retomadas em 1985, sendo eleito Rubens Emil Corrêa (PDS).
Fontes: Diário Popular/Acervo BPP; wikipedia.org; Facebook(@cidscaronevieira)