Após movimento no final de semana que fragmentou o grupo de vereadores da oposição, o vereador Carlos Júnior (PSD) conquistou maioria para disputar a presidência da Câmara de Pelotas em 2024.
Como candidato independente, Carlos Júnior conseguiu agregar vereadores da base do governo e da oposição. No momento, o bloco do vereador conta com 12 vereadores. São três do PP, um do PSDB, um do Cidadania, dois do PT, dois do PSOL, dois do PSD e um do PSB.
Em reunião na manhã de segunda-feira, os vereadores já definiram a composição da chapa que irá disputar a eleição da mesa diretora na primeira sessão da nova legislatura, em 1º de janeiro. Arthur Halal (PP) é candidato a primeiro vice-presidente e Tauã Ney (PSDB) a segundo vice-presidente. Paulo Coitinho (Cidadania) será candidato a primeiro secretário e Antonio Peixoto (PSD) irá como segundo secretário.
A futura mesa diretora pode ter Tauã Ney, Arthur Halal, Carlos Júnior, Paulo Coitinho e Antonio Peixoto. (Foto: Divulgação)
O novo acordo tem potencial de formar o bloco definitivo para garantir a presidência da Câmara após semanas de articulações e reviravoltas. Até o meio de dezembro, o favorito à presidência era Michel Promove (PP), em um bloco formado por vereadores da base do governo Marroni.
Após dissidência de Cauê Fuhro Souto (PV), que deixou o bloco de Promove, foi formado um grupo com vereadores da oposição que chegou a contar com 12 parlamentares, incluindo PSD, UB, PL, PV, um do PP e uma do PSDB, que defendia a candidatura de Fuhro Souto à presidência.
Embora o PSD não integre a base do governo, a saída de consenso em torno de Carlos Júnior é também uma vitória do governo de Fernando Marroni (PT), que, se não terá aliados diretos na presidência, pelo menos terá uma Câmara menos hostil em relação ao cenário que estava se formando, favorável à oposição.
Enquanto a reunião acontecia na manhã de segunda, Cauê Fuhro Souto anunciou que estava retirando sua candidatura à presidência da Câmara. Até o momento, o bloco de oposição ainda não anunciou se terá candidato próprio à disputa.
