Lucas Dâmaso Hallal, de 15 anos, foi o único participante gaúcho premiado na categoria ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (Obmep). As medalhas da prova são um reconhecimento para os alunos que obtêm os melhores resultados na competição. A quantidade de medalhas de ouro, prata e bronze varia de acordo com a unidade federativa (UF) e o rendimento dos alunos. Lucas se sente muito recompensado pela conquista e agradece à instituição de ensino em que cursa o ensino médio.
Como é ter tamanho reconhecimento em uma prova como a Obmep?
Ser reconhecido como o único gaúcho medalhista de ouro no nível 3 da Obmep deste ano realmente é algo muito especial. Depois de tanto nervosismo e estudo – intersectado com atividades escolares independentes da Obmep -, eu me senti bem recompensado, e agradeço muito à minha escola pela oportunidade de participar nesta prova.
Quais aspectos mais te atraem nas exatas?
A matemática, e exatas em geral, me atrai muito justamente pela sua exatidão. Não tem ambiguidade nas respostas, e é algo calculável e lógico, que é muito importante para vários setores da nossa sociedade moderna.
Como foi o processo de evolução do seu conhecimento nesta área?
O meu processo de evolução na matemática começou bem cedo. Lembro que, quando tinha apenas três anos de idade, um dos meus hobbies favoritos era fazer contas de adição no papel, utilizando números cada vez maiores. Esse interesse foi crescendo ao longo do tempo, com o apoio da escola e de vídeos no YouTube, até alcançar o nível em que estou hoje. A Obmep é uma excelente oportunidade para se testar na área, e fiquei feliz ao perceber que meu hobby realmente contribuiu para o desenvolvimento desse conhecimento.
Como os resultados que você já atingiu na Obmep podem te ajudar nas decisões do futuro acadêmico?
A Obmep também abre várias portas que podem ajudar bastante em decisões futuras. A mais óbvia delas é o programa de graduação do Impa Tech, no Rio de Janeiro. Essa instituição é especializada em matemática pura e aplicada — daí que surge a sigla Impa — e garante vagas para medalhistas de ouro do nível 3 da Obmep. É a melhor universidade de matemática do país, então ter essa oportunidade é muito gratificante. Mas a Obmep também pode ajudar em várias outras universidades, como a USP, por exemplo. Também existe o PIC (Programa de Iniciação Científica) para os medalhistas, que consiste em aulas semanais de matemática, permitindo o ampliamento do conhecimento dos estudantes. Tudo isso ajuda muito no futuro, graças à Obmep.