Plano nacional de rastreabilidade bovina individual é lançado
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Dezembro de 2024

Agronegócio

Plano nacional de rastreabilidade bovina individual é lançado

Implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos

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Plano nacional de rastreabilidade bovina individual é lançado

O Ministério da Agricultura e Pecuária lançou o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. A iniciativa tem como objetivo qualificar e aprimorar a rastreabilidade dos rebanhos, ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal.

O Plano foi construído em conjunto com entidades do setor privado. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.

A medida fortalecerá os programas de saúde animal, incrementará a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçará o compromisso do Brasil com o cumprimento dos requisitos sanitários dos mercados internacionais. De acordo com o vice-presidente da Associação Rural de Pelotas (ARP), Daniel de Souza Mello, a rastreabilidade poderá trazer clientes internacionais de maior potencial, tornando o produto brasileiro de maior valor no mercado. “Mas também pode ser utilizado como forma de barreira comercial como vem ocorrendo com os produtos brasileiros na França”, diz.

Para o produtor, na avaliação de Mello, o sistema deverá se tornar de grande valia. Atuando no grupo da Agropecuária Santa Eulália, trabalha há mais de 20 anos com o sistema de rastreabilidade. “Consideramos uma ferramenta importante na gestão e no controle de segurança da propriedade, visto a obrigatoriedade do cumprimento de determinadas escritas”, avalia.

Conforme Mello, também será importante que a indústria valorize os custos a mais que o produtor terá. “Tem o custo de identificação, tem o custo cartorial (parte da certificadora), e tem o custo operacional que é feito por diversas vezes”, explica. Para Mello, será importante para o mercado brasileiro oferecer um produto com origem, com controle sanitário adequado e que atenda o mercado.

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