Na reta final, a safra do pêssego em Pelotas chegou aos 90% dos frutos colhidos. Com diversos desafios climáticos enfrentados, a alta umidade do ar tem favorecido o aparecimento da “podridão parda”, doença fúngica que causa grandes danos à cultura. A expectativa da safra deve se manter em torno das mesmas 25 mil toneladas obtidas em 2023.
De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas, Adriano Bosenbecker, a grande maioria dos produtores já concluiu a colheita. “A safra está sendo muito parecida com a que imaginávamos. Colheita de qualidade um pouco ruim devido ao frio e pouco sol, resultando em um fruto mais miúdo”, avalia.
Na indústria, o momento também é de desaceleração, com redução dos dias trabalhados. As frutas entregues, se não são processadas no mesmo dia, ficam para o próximo, sem produção diária.
Além da podridão parda, que ainda impacta a produção, e o elevado índice de mosca das frutas, a temporada do pêssego de indústria enfrentou outras dificuldades como a grande incidência do gorgulho-do-milho, que migra de paióis, armazéns ou lavouras não colhidas para atacar frutos maduros.
Cenário do pêssego
Conforme o censo da Emater, no ano passado existiam 4.874 hectares de pêssego na região, com 948 produtores envolvidos com a atividade. Os municípios com plantação são Pelotas, Morro Redondo, Canguçu, Piratini, Cerrito e Arroio do Padre.
Em escala muito menor do que o pêssego da indústria, alguns produtores também plantam o pêssego chamado de mesa, cerca de 450 hectares dessa variedade.
Preço de venda
O preço de referência estabelecido para comercialização na safra para a indústria foi de R$ 2,50 por quilo de fruto tipo I (frutas com diâmetro maior que 53 mm) e R$ 2,20 para tipo II.