Números da criminalidade ainda são altos no Estado
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira27 de Dezembro de 2024

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Números da criminalidade ainda são altos no Estado

Na Zona Sul do Estado, o crime de abigeato segue sendo um desafio para as polícias

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Números da criminalidade ainda são altos no Estado
Valor mais alto da carne pode resultar no aumento dos crimes de abigeato. (Foto: Divulgação)

Os crimes no campo tiveram queda de 34%, em novembro em todo Estado, e de 24% no acumulado, mas ainda são um desafio para as autoridades, principalmente em Arroio Grande e em Pinheiro Machado, que já superam o total de 2023. Com a proximidade das festas de fim de ano e o aumento no consumo de carnes, as polícias já atuam em ações ostensivas e repressivas nas áreas rurais.

Em Rio Grande, por exemplo, o total de ocorrências do ano já alcança o montante de 2023, com 77 registros. Para o titular do Núcleo de Combate ao Abigeato em Rio Grande, delegado Ronaldo Coelho, a tendência é que com o aumento do valor da carne, cresçam os crimes de abigeato, pois o consumo da proteína no final de ano é consideravelmente maior. “Conseguimos diminuir muito a incidência de carneadas a campo, identificando e prendendo os carburadores, que é um crime que causa maus-tratos aos animais, num abate violento”, sinaliza.

Há ainda a repressão aos problemas de saúde pública, por questões de higiene no trato com a carne, além de um dado assustador que o abate de animais dosados com medicamentos que exigem uma carência para abate. O titular lamenta que a região sul não tenha sido contemplada com uma Decrab, embora tenha um dos maiores rebanhos do Estado e uma área rural muito extensa, pois daria um fôlego ao trabalho.

Indicadores em baixa

O novembro foi o melhor mês na série histórica, iniciada em 2010, no caso de crimes patrimoniais, de acordo com os indicadores da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado (SSP/RS). Mantendo a tendência de queda, a projeção do governo é que 2024 termine como o ano mais seguro da história recente do Estado, superando os excelentes resultados de 2023.

Latrocínio – não foram registrados crimes. Em 2023 foram dois. No acumulado do ano, o número é menor em 32%.

Assaltos a estabelecimentos bancários – queda de 83%, passando de seis casos em novembro de 2023 para um no mesmo mês de 2024. No acumulado, a redução foi de 44%.

Transporte coletivo – ônibus e lotações a retração nos crimes contra motoristas e passageiros foi de 50%, com 11 casos neste ano, em comparação aos 22 registrados. Se comparados os períodos de 2024 com 2023, as reduções foram de 48%.

Os roubos a pedestres – redução de 36% no período – 1,6 mil casos em 2023 para 1.022 ocorrências em 2024.

Estabelecimentos comerciais – foram 347 roubos em comércios em novembro de 2024 contra 443 em 2023, ou seja, percentual de menos 22%. Já no acumulado do ano, a queda foi de 18%.

Os roubos de veículos – queda de 10% no mês e de 36% no acumulado.

Indicadores em alta

Homicídios – Embora o novembro tenha sido de redução de 15% nesse tipo de crime, tanto no mês e no acumulado do ano, ainda são altas as vidas perdidas para o crime até o momento no Estado, com 1,3 mil homicídios. Na contramão do Estado, Pelotas teve aumento de 21,73% em relação ao ano passado, quando foram 23 ocorrências no período em, até o momento, o 2024 soma 28 mortes.

Feminicídio – acréscimo de 83%. Ou seja, 11 mulheres, sendo três em Pelotas (uma ainda não entrou para os indicativos, pois o crime foi em dezembro). Para a SSP, esse tipo de crime permanece como o maior desafio da Segurança Pública. Por isso, é importante incentivar as vítimas a romperem o ciclo da violência e conscientizar a população sobre a importância das denúncias. Os canais mais indicados são o 190 e o 181 (Disque Denúncia), além da delegacia de polícia de cada região.

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