A cerimônia da manhã desta sexta-feira (13), na Associação de Engenheiros Agrônomos de Pelotas, localizada na Associação Rural de Pelotas, formalizou a transmissão da chefia do Escritório Municipal da Emater-RS/Ascar de Pelotas ao engenheiro agrônomo Rodrigo Prestes. Depois de 34 anos de serviços prestados, sendo 14 anos na chefia do escritório, Francisco Arruda deixa o cargo para a aposentadoria. Além da troca de gestão, a partir de janeiro o escritório deverá ganhar outro endereço.
Diversas autoridades, representantes de instituições e empresas importantes no contexto agrícola, além de produtores rurais, lotaram o espaço onde aconteceu o ato. O gerente regional da Emater-RS, Ronaldo Maciel, ressaltou a trajetória única de Arruda na liderança dos processos dentro da entidade. “Ele vai sair da Emater, mas a Emater não vai sair dele”, disse Maciel, e completou: “O Rodrigo aprendeu muito e vai implementar o seu jeito de trabalhar”.
O diretor administrativo da Emater-RS, Alexandre Durans, destacou a contribuição de Arruda na extensão rural e assistência técnica em solo gaúcho. “Ele sintetiza o que é ser um extensionista rural. Não é só levar conhecimento técnico a um produtor de mel. É dar um suporte humano também. Por vezes, os produtores passam por dificuldades e precisam acreditar na pequena produção e o extensionista tem que ser um ombro amigo”, afirmou o diretor.
Nova chefia
A partir do dia 2 de janeiro, Rodrigo Prestes assume a gestão definitivamente. Nascido em Pelotas, o engenheiro agrônomo é formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Tem mestrado na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Está na Emater desde 2009, e no escritório municipal de Pelotas desde 2013.
Culturas prioritárias
Prestes explica que Pelotas é um município diversificado em termos de público e atividades produtivas. Considerando o tamanho da equipe, a Emater não consegue atender a todas as demandas. Por isso, em sua gestão, o foco será algumas prioridades, em especial as culturas que se destacam no município. “O cultivo de pêssego, a bovinocultura de leite, a aquicultura, a agroindústria e a produção de morango. Essas são as áreas que tentaremos priorizar para atingir os resultados esperados”, informa.
No entanto, ele ressalta que a Emater trabalha com a demanda do produtor. Assim, a gestão não deixará de atuar em outras atividades, mesmo que o planejamento esteja focado nas cinco principais prioridades municipais.
Mudanças climáticas
Um dos assuntos que mais angustia o produtor tem sido as mudanças climáticas, pois ele tem pouco controle sobre essas situações. Prestes diz que a ideia é preparar o produtor para se adaptar a essas mudanças. “Sabemos que eventos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes no meio rural, e nosso objetivo é auxiliar o produtor no manejo e no que for possível, considerando datas, estruturas de produção e tecnologias para amenizar os impactos”, enfatiza.