Foram lançados na sexta-feira (13) os editais para a contratação dos serviços de batimetria e de dragagem de quatros canais (Pedras Brancas, Furadinho, Leitão e São Gonçalo) que ligam os portos do Estado. Os serviços viabilizados com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) serão executados para recuperar os danos causados pela enchente de maio. A abertura das propostas está marcada para o início da próxima semana.
As dragagens foram anunciadas na reunião entre Portos RS e governo do Estado para a apresentação do detalhamento das ações a serem desenvolvidas pela Portos RS com a verba de R$ 731,3 milhões disponibilizada pelo Funrigs. O propósito do investimento é custear a restauração e ampliação da infraestrutura logística do Estado para gerar maior eficiência e competitividade para estes modais de transporte.
De acordo com o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, todos os canais foram afetados com o excesso de sedimentos gerados pela enchente, o que exige um serviço mais amplo do que somente as dragagens de manutenção das hidrovias. “O que a gente está fazendo nesse momento é a recuperação a partir de toda calamidade. Todos os canais sofreram muito com muito sedimento”.
O investimento nas dragagens dos canais está orçado em R$ 254,4 milhões, com previsão de 24 meses para a conclusão do serviço. “Nós estamos falando em muita área física e muitos canais, então por isso que leva esse tempo todo. Depois que a gente passar por toda essa grande obra, aí é que vem a gente continuar com uma manutenção”, explica.
O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, ressalta que o recurso do Funrigs é um investimento histórico nas vias navegáveis do Rio Grande do Sul. “Reforça nosso compromisso com as hidrovias, tão fundamentais para o escoamento da produção”.
Na Zona Sul
Para o canal São Gonçalo, o desassoreamento é orçado em R$ 12 milhões para a remoção de 427 mil metros cúbicos de detritos. Além disso, também está no plano de recuperação, a dragagem do Canal de Acesso ao Porto do Rio Grande para a retirada de cerca de 12,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. A previsão de início do serviço é em fevereiro.
