Integrantes da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), movimento de mulheres do PDT, acusam o presidente do partido Reginaldo Bacci de assédio moral e violência política de gênero durante a campanha eleitoral deste ano, em que ele concorreu a prefeito.
Um documento encaminhado ao conselho de ética estadual do partido, assinado pela presidente da AMT Luiza Vitória, afirma que Bacci fez perseguição política e discriminação de gênero. “Esses atos foram reportados por diversas filiadas, evidenciando um padrão de comportamento que compromete a segurança, a participação política e o bem-estar das mulheres no partido”, diz o texto.
Procurado, Bacci classificou as denúncias como “fofocas sem nenhum embasamento fático ou legal”. Ele afirma que as responsáveis pela AMT “manipularam as mulheres por um bom tempo antes da campanha”. Bacci diz que as acusações são “eivadas de mágoa e frustração” por candidaturas femininas não terem recebido os recursos esperados para campanha.
Além de grave, a denúncia expõe um racha interno no PDT de Pelotas e uma tentativa de derrubar Bacci, que era um dos nomes cotados para assumir uma secretaria no governo de Fernando Marroni (PT). Reginaldo Bacci foi candidato a prefeito e teve 6.514 votos no primeiro turno, ficando em quinto entre os candidatos. No segundo turno, o PDT apoiou a candidatura de Marroni.