É importante a frente parlamentar estadual que vai ouvir as comunidades da Zona Sul para a estruturação da próxima concessão do pedágio da região. Mais do que tudo, é preciso entender o formato que melhor encaixe para trazer qualidade estrutural e de preços à comunidade aqui inserida. É um momento chave para estimular o fluxo de veículos para os nossos portos e para o turismo nas cidades do Polo Pelotas. Por isso, é preciso calma, aliada à agilidade.
É necessário ser ágil para não corrermos o risco de chegar em março de 2026 e não haver concessão feita. Não importa o que aconteça, um apagão de cobertura não pode ser sequer cogitado. É preciso evitar isso, sob pena de causar transtornos ainda piores. E é preciso pensar bem para não termos praças colocadas em locais pouco estratégicos, como o caso do Retiro, onde parte da comunidade pelotense precisa pagar para deslocar-se dentro da própria cidade.
O ponto crucial, porém, passa pelo preço. É o que inviabilizou uma renovação com a Ecosul nesse momento. É preciso garantir que o formato, seja como for, seja mais barato, mas sem perder qualidade, o que nunca foi um problema com a atual concessionária. Há quem considere essa uma das grandes travas do desenvolvimento regional, e foi tudo fruto de um contrato mal elaborado há 25 anos e que até hoje rende perrengues para uma comunidade de um milhão de pessoas, milhares de empresas, mais de 20 municípios.
Ouvir todos os entes, políticos, empresariais e comunitários, é o caminho para encontrarmos um formato de contrato que seja positivo para a região e atrativo para empresas qualificadas participarem do certame. O momento agora é de pressão para que o prazo seja levado a sério, já que faltam apenas 14 meses e que as amarras sejam bem-feitas, sem caixinhas de surpresa que vão prejudicar a região por mais algumas décadas. Diálogo e atenção são os caminhos.