Há 100 anos
Por iniciativa do escritor Fernando Osorio, visitou Pelotas o escultor Eduardo de Sá. O artista veio a convite com o objetivo de projetar uma maquete de uma erma em mármore branco em homenagem ao poeta e dramaturgo Francisco Lobo da Costa (1853-1888).
A ação de um grupo de intelectuais tinha o objetivo de reverter a invisibilidade a qual o nome e a obra do escritor, um dos representantes gaúchos do período romântico, tinha sido relegada. Atualmente o legado de Lobo da Costa é celebrado pelo Instituto que leva o seu nome.
O escritor pelotense publicava sua obra poética em jornais, a exemplo de Eco do Sul, Diário de Pelotas e Progresso Literário. Alguns de seus poemas mais conhecidos são: Isabel, Fragmento, Sombras e Sonhos, Amor, Melodias, Aquele Ranchinho, Os Romeiros da Morte e Adeus. Lobo da Costa ainda publicou o romance Espinhos d’Alma, em 1872.
Recentemente sua poesia inspirou o curta-metragem A Pelotas Caridosa – Poemas lidos de Lobo da Costa, do coletivo Fio da Navalha, com o ator e diretor Flávio Dornelles.
Legado preservado
Apesar da proposta de Osório, o busto só foi concretizado na década de 1960, pelo escultora Hugo Édson Barcellos Fabião, relembra a presidente do Instituto Francisco Lobo da Costa, professora Ângela Treptow Sapper. A herma está localizada no entroncamento das ruas Argolo e Almirante Barroso.
O Instituto, que funciona junto ao Clube Caixeiral, tem reuniões mensais. A entidade promove saraus na última terça-feira de cada mês. Pelo Youtube, pelo canal @momentolobodacosta é possível assistir aos eventos, o mais recente é o episódio 48, com o último sarau lobiano do ano. “Como o Instituto Francisco Lobo da Costa não tem fins lucrativos, de um modo geral, as atividades são gratuitas”, explica Ângela, porém é possível se associar, como uma forma de ajudar na manutenção das ações.
Lançamento na terça
Na próxima terça-feira , a direção da entidade lançará o livro do Instituto Francisco Lobo da Costa intitulado Caleidoscópio Lobiano, vol. II, no Clube Caixeiral, às 19h. O livro, composto por artigos, poemas e crônicas sobre Lobo da Costa, estará à venda por R$40,00 e parte da renda será destinada a uma instituição sem fins lucrativos.
Fonte: Illustração Pelotense
Há 50 anos
Escola de Diclea de Souza leva Cinderela ao Theatro Guarany
A Escola de Ballet Diclea Ferreira de Souza levou ao Theatro Guarany o espetáculo Cinderela, em 17 de dezembro de 1974. Baseada em um conto do francês Charles Perrault, a obra foi adaptada pelo coreógrafo Marius Petipa, com estreia no Teatro Mariinsky, de São Petersburgo, em 1º de dezembro de 1893.
Em Pelotas o espetáculo teve coreografia de Ruben Montes, cenários de Lisarb Oliveira Real, supervisão geral de Diclea de Souza e assistência de Elisabeth Amaral Lemos. Os convidados, ambos do Teatro Sodré, de Montevidéu, no Uruguai, foram Walter Arias, primeiro bailarino, e Luiz Castategui, primeiro solista. Os artistas interpretaram respectivamente, o príncipe e o bufão.
Em cena
Entre os protagonistas estavam também: Eliana Bandeira Oliveira (Cinderela); Ruben Montes (madrasta); Laís Hallal (Drizela); Maria Célia Ferreira (Anastácia); Gilda Castro e Silva (fada madrinha); Luiz Carlos Correa e Silva (professor de danças e rei); Lyl Rejane Cunha (fada Primavera); Angela Gonçalves (fada Verão); Margareth Carvalhal (fada outono) e Marcia Dias da Costa (fada Inverno).
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense