Na edição desta quarta-feira (4), o A Hora do Sul trouxe na manchete que Pelotas pode ficar sem o programa Minha Casa, Minha Vida em 2025 por entrave na Câmara de Vereadores. Nesta quarta, a Câmara tirou de pauta a mensagem que autoriza o consórcio para inspeção das agroindústrias. É um problema absurdo que vem sendo falado há semanas, mas segue repercutindo sem nada acontecer. O Executivo virou refém do Legislativo e temas caros para a cidade estão travados, por decisões monocráticas do presidente Anderson Garcia (PSD).
A briga de Garcia com o governo de Paula Mascarenhas, do qual ele foi base, é daquelas coisas da política. O presidente da Câmara acha que merece receber mais recursos. A prefeita lida com os apertos financeiros. A democracia tem disso e é preciso encontrar uma solução republicana. O que não pode é o Legislativo fazer joguinho de poder, uma coisa quase ditatorial, que impede o trâmite de temas urgentes para o desenvolvimento da cidade e para a população.
A pressão de sindicatos, imprensa e de políticos de todas as ordens fez Garcia colocar em votação o projeto do 13º. Uma vitória. No entanto, outros diversos pontos estão travados. Não pode todas as empresas de construção civil, representadas por uma entidade como o Sinduscon, verem seus planejamentos irem por água abaixo por caprichos. Não pode as agroindústrias, que celebraram tanto o avanço no formato de inspeções, ficarem a ver navios por motivos fúteis.
Pense, leitor, no tanto de gente que está deixando de movimentar-se economicamente, nos empregos que deixam de ser gerados e no recurso que deixa de ser obtido pelo município por uma decisão monocrática. São dois dos setores que mais empregam na cidade tendo projetos fundamentais para a cidade sendo colocados na geladeira por pura birra política. É inaceitável que nada esteja sendo feito para reverter esse cenário. Até quando o desenvolvimento de Pelotas vai ficar travado por caprichos?
