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Cesinha detalha denúncias contra secretaria de Habitação O que dizem as denúncias sobre a secretaria da Habitação
O vereador César Brisolara, o Cesinha (PSB), anunciou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as suspeitas de irregularidades na secretaria de Habitação de Pelotas. O requerimento para a abertura do processo começou a circular durante a sessão desta terça-feira (3) e já superou as sete assinaturas necessárias.
Ainda durante a sessão, o requerimento já havia sido assinado pelos vereadores Cauê Fuhro Souto (PV), Jone Soares (PSDB), Carlos Júnior (PSD), Michel Promove (PP), Cristiano Silva (UB), Fernanda Miranda (PSOL), Cristina Oliveira (PSB), Jurandir Silva (PSOL), Rafael Amaral (PP) e Marcos Ferreira (UB).
A proposta de CPI acontece a menos de um mês do fim dos atuais mandatos. Embora o regimento interno da Câmara não preveja a existência de uma CPI em mais de uma legislatura, há dúvidas quanto à possibilidade de a comissão continuar no ano que vem.
Sobre isso, Cesinha diz que irá consultar o jurídico da Câmara. “Mas caso não aja a possibilidade, a maioria dos vereadores que assinaram se elegeram”, explica, não descartando a opção de criar uma nova CPI na próxima legislatura.
O vereador trouxe as suspeitas à tona na semana passada, quando denunciou que a estrutura da pasta foi utilizada para a apropriação de um terreno do município na avenida Juscelino Kubitschek. O vereador também afirmou que mulheres foram vítimas de pedidos de favores sexuais em troca de facilitação no acesso a programas habitacionais.
Outra denúncia, feita pelo vereador Cauê Fuhro Souto (PV), envolve um idoso que afirma que, num período de cerca de cinco meses em que esteve fora de casa para um tratamento de saúde, teve sua casa apropriada pela sobrinha, que é servidora de carreira da secretaria. A mulher teria passado a propriedade da casa para o próprio pai para, em seguida, vendê-la.
Vereador aparece em denúncia
Em discurso na tribuna, Cesinha voltou a falar sobre o caso envolvendo o idoso que teria perdido a sua casa na fraude. O vereador apresentou o boletim de ocorrência registrado pelo homem, em que são citados dois servidores da secretaria e o vereador Marcos Ferreira, o Marcola (UB), que teriam ajudado a mulher a vender a residência irregularmente.
Marcola diz que não conhece “esse cidadão que me inclui em algo” e que ele responderá por crime de calúnia. “Jamais tratei de terreno dele na secretaria de Habitação pois não o conheço”, disse. O vereador questiona a credibilidade da denúncia, apontando que o boletim de ocorrência foi feito em 5 de novembro deste ano, enquanto o crime teria ocorrido no ano passado.
