“Os resultados não vêm da noite para o dia”
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira3 de Dezembro de 2024

Abre aspas

“Os resultados não vêm da noite para o dia”

A corredora Vitória Oliveira, 22 anos, é natural de São Lourenço do Sul

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“Os resultados não vêm da noite para o dia”
Ela começou a correr em janeiro deste ano. (Foto: Arquivo pessoal)

Aos 22 anos, a atleta lourenciana Vitória Oliveira iniciou sua jornada nas corridas em janeiro deste ano, participando de sua primeira prova sem qualquer treino específico e, para sua surpresa, conquistou o primeiro lugar. Três meses depois, participou de outra corrida, em Cristal, novamente com pouca preparação, mas ainda assim saiu vitoriosa. Esse início despertou seu interesse pelo esporte e a levou a buscar mais informações.

Em abril, ao disputar uma prova de cinco quilômetros sem treino e uma alimentação adequada, enfrentou dificuldades, o que a motivou a trabalhar seu potencial de forma estruturada e entrar em uma assessoria de treinos. Desde então, Vitória tem se dedicado ao equilíbrio entre treinos, alimentação e uma rotina competitiva que a desafia, fazendo-a focar na construção de resultados consistentes.

Como a corrida mudou sua rotina e sua visão sobre o esporte?

Tenho colocado a corrida como minha prioridade, mas obviamente não é tão fácil. Durante a semana, trabalho oito horas por dia e só sobra o fim de tarde e noite para treinar. Em dias específicos corro, e em outros vou para a academia. Eu busco performance na corrida, então sei que tenho que treinar, fazer os exercícios de mobilidade, ter uma alimentação limpa. Tem dias que vou estar cansada, mas vai ser assim mesmo. Antes, achava coisa de doido acordar às 5h30min da manhã em um fim de semana pra correr, e hoje faço isso todo sábado.

Quais foram os momentos mais marcantes da sua trajetória?

É sempre um sentimento diferente a chegada de uma prova. Pessoas que tu nunca viu na vida te aplaudindo e comemorando. O que mais me marca é justamente a virada de chave: de uma pessoa que corria só às vezes, para agora, com um treinador. Lá em abril, em uma prova curta, sofri por não treinar, e agora, nesta última prova que fiz, de dez quilômetros, na maratona de Pelotas, com muito calor, consegui manter e terminar a prova em primeiro lugar.

O que mais aprendeu sobre treinos, alimentação e equilíbrio?

Não é todo treino que vou correr rápido. Na maioria das vezes, os treinos são num “pace” (ritmo) que para mim é lento. Treino e alimentação devem andar juntos e descansar também é tão importante quanto. Nunca é só correr, tem muitas outras coisas que andam juntas. Foi fundamental entender o porquê de cada treino.

Como é fazer parte de uma assessoria e treinar com outras pessoas?

Entrar para uma assessoria foi a melhor escolha que já fiz, a amizade fortalece o treino. O convívio com pessoas que dividem o mesmo gosto que o teu, te faz ficar mais motivado e disciplinado. Eu sou suspeita de falar, mas tenho dividido minhas quartas e sábados com pessoas incríveis.

Que conselho daria para quem está começando a correr?

Curte o processo, os resultados não vêm da noite para o dia. Ninguém começa fazendo meia maratona ou maratona. Paciência e constância.

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