No início da noite de segunda-feira (25), parte da quina da cimalha do prédio da galeria Nóris Mazza caiu no meio do Calçadão. No ponto da queda do concreto há uma sorveteria, localizada na esquina com a rua General Neto. Conforme as administradoras do imóvel, a queda foi provocada pela infiltração de uma árvore – que está sem poda – na estrutura. Serviço que foi solicitado à Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) há mais de dez meses.
“Foi um grande susto, com a ventania e a árvore batendo na quina, caiu um pedaço lá de cima”, relata uma das proprietárias do prédio, Selma Mazza. Diante da velocidade da queda, o pedaço da estrutura se partiu em seis blocos de concreto no chão. Agora a principal preocupação é com a segurança das pessoas que circulam pelas redondezas. O local da queda foi isolado pela administração do prédio e Selma retornou a SQA para solicitar a poda novamente, porém o responsável pelo setor não estaria na Secretaria no momento.
“A árvore também está batendo nas janelas de vidro do segundo andar. Fizemos o isolamento e a nossa preocupação é apenas com a poda necessária, a gente não quer tirar a árvore”, explica. Um profissional também foi contratado para verificar o estado da estrutura do prédio e foi constatado que boa parte da platibanda está comprometida devido a infiltração da árvore. “Vamos botar um andaime, tenho medo que toda aquela parte tenha ficado frouxa e venha abaixo”, diz Selma.
Outra administradora da galeria, Fernanda Leal, relata que momentos antes do desabamento do concreto havia uma mulher embaixo da marquise para se abrigar da chuva. “É um concreto muito pesado, se algo acontecer a responsabilidade vai ser nossa, mas não é por falta de ir atrás de órgão público”. Fernanda relata ainda que a recuperação do prédio terá um alto custo, porém a recuperação será realizada o mais rápido possível para garantir a segurança dos pedestres.
Alta demanda
Conforme a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), o pedido de Selma foi vistoriado e mapeado para execução de poda. Contudo, não teria sido atendido devido a grande demanda existente para o manejo arbóreo. Além disso, o serviço no calçadão possuiria complexidades de acesso que dificultam a realização de forma mais rotineira.
Ainda conforme informações da SQA, a demora no atendimento de podas se daria em razão da ocorrência de eventos extremos ao longo dos últimos dois anos, o que impediria o atendimento adequado de todas as áreas públicas da cidade. Além disso, são priorizadas podas e supressões com risco iminente de queda.
Conforme a Secretaria, o manejo da árvore em frente a galeria deverá ser realizado no início do mês de dezembro.