O município de São José do Norte decretou intervenção no CNPJ da filial da organização social IBSaúde, responsável pela gestão do Hospital São José do Norte. A medida busca garantir a continuidade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população, após a identificação de falhas na administração da organização social contratada que poderiam futuramente comprometer a operação do hospital. O IBSaúde diz que, assim que for notificado, irá se posicionar sobre o tema.
A situação de perigo iminente está no Decreto 16.632, com risco de interrupção nos serviços prestados pela gestora no hospital da cidade de São José do Norte. O documento autoriza a intervenção municipal por meio da requisição administrativa de bens, empregados e serviços do hospital. Conforme a prefeita Fabiany Zogbi Roig (UB), a ação condiz com o compromisso da gestão municipal com recursos públicos. “Além de garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados no sistema de saúde”, destaca.
Para manter a plena continuidade dos serviços, a prefeitura reorganizou temporariamente o controle da direção do hospital, atuando diretamente na administração, por meio de interventora nomeada. Segundo o secretário de Saúde, Lucas Penteado, a intervenção no CNPJ da filial do IBSaúde foi necessária devido à desorganização financeira e administrativa. “O nosso objetivo é prevenir riscos e garantir o pagamento das verbas trabalhistas e dos fornecedores”.
Amaral Ferrador
Em Amaral Ferrador, o único hospital da cidade foi interditado pela 3ª Coordenadoria de Saúde após denúncias que consistem na ausência de uma enfermeira no momento da vistoria da Vigilância Sanitária do Estado; o aparelho de autoclave estar em uma outra sala e um laudo técnico atestando a qualidade da água do hospital.
A Sociedade Hospitalar São José não tem leitos e é responsável pelo primeiro atendimento de urgência e emergência a pacientes até que o mesmo possa ser transferido.
Em nota, a prefeitura informa que os itens citados e que levaram à interdição são “irrisórios, irrelevantes, sem gravidade” e que “os responsáveis poderiam ser comunicados para solucionar os problemas antes de medida drástica”. “Podia sim a vigilância apenas advertir e manter o funcionamento, porém executaram de maneira arbitrária, autoritária e sem pudor nenhum a interdição”, diz a nota.
A ausência da enfermeira se deu porque ela estava em diligência, argumenta a prefeitura. O aparelho de autoclave, o qual realiza a esterilização de equipamentos, estaria com problema de mau contato em sua tomada original, sendo deslocado para uma sala ao lado para realizar o procedimento.