Enjoei arrecada mais de seis toneladas de alimentos

Solidariedade

Enjoei arrecada mais de seis toneladas de alimentos

Evento realizado no Diamantinos movimentou a moda em Pelotas, com venda e troca de artigos de luxo em um brechó chique

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Atualizado domingo,
24 de Novembro de 2024 às 16:15

Enjoei arrecada mais de seis toneladas de alimentos
Dezenas de araras com peças do vestuário coloriram o salão do Diamantinos. (Foto: Henrique Risse)

A 11ª edição do Enjoei venda ou troca arrecadou 6,2 mil alimentos, que foram entregues ao Banco Madre Tereza de Calcutá. Além disso, fez movimentar a moda chique em Pelotas com centenas de varais distribuídos pelo salão do Clube Diamantinos. Na exposição, peças únicas, quase novas, adquiridas por preços elevados e que os proprietários resolveram desapegar, vendendo a um custo mais acessível para que pessoas com poderes aquisitivos menores pudessem consumir. 

Entre vestidos de todos os tipos de tecidos e estampas, casacos de couro, de pele, bolsas e chapéus, óculos, relógios, pulseiras, colares, sapatos, cardigans, echarpes e muito mais, difícil foi escolher. Os preços variaram de R$ 15,00 a R$ 300,00 ou um pouco mais quando se tratava de uma joia. Mas quem comprou ou trocou saiu muito satisfeito pela proposta do evento que é trazer uma nova consciência para o consumo de artigos e como essa estratégia pode ser benéfica ao meio ambiente. 

Para a idealizadora e coordenadora do evento, juíza Ana Ilca Saalfeld, o 11º Enjoei superou em muito as expectativas. Por volta das 17h, na banca da magistrada restavam poucas peças, inclusive masculinas, quebrando o tabu que homens não usam roupas usadas. “Essa é uma oportunidade para pessoas que não tem tanto poder aquisitivo de adquirir peças que nas lojas custam R$ 2 mil e aqui estão sendo vendidas por R$ 100,00 ou R$ 200,00. Eu acredito que os 33 expositores venderam bem e estão já aguardando a próxima edição, no ano que vem”.  Em todas as edições, por serem peças de marca ou diferenciadas, cada expositora definia o preço e a forma de pagamento. 

Moda que circula e inspira

A aluna de Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pamela Vargas Soares, 21, foi atraída pelas peças vintages que podem trazer inspiração para seus trabalhos. “Eu gosto de peças mais antigas e por enquanto estou olhando para achar algo que me interesse”, revelou. Já a pedagoga Mara Solange Balbinoti participa há dez anos e acha maravilhosa a possibilidade de fazer a moda circular. “Sou super a favor do desapego. Nós compramos, compramos, as vezes usamos uma ou duas vezes, ou até não vestimos e nem desapegamos. Este evento é a oportunidade de fazer circular. Aqui eu compro e vendo”, garantiu. Para a vendedora Sandra Costa, 53, que participa pela segunda vez do Enjoei é fantástico a maneira de tu comprar alguns itens e ao mesmo tempo desapegar de outros. 

Meta conquistada

Evento arrecadou mais de seis toneladas de alimentos. (Foto: Henrique Risse)

Os 6.296 quilos de alimentos arrecadados com o ingresso – ou a destinação dos R$ 15,00 em aquisição de produtos alimentícios – quase alcançaram a meta de maio deste ano, que tinha como propósito ajudar as vítimas da enchente de maio e, por isso, chegou às sete toneladas. Mas a exemplo do ano passado, a meta ultrapassou em muito os cinco mil quilos de alimentos doados pela população que mais uma vez se mostrou solidária e consciente sobre o consumo exagerado de vestes e acessórios. 

Já a arrecadação desta edição vai fazer o Natal de 1,5 mil famílias cadastradas no Banco Madre Tereza de Calcutá mais especial. “Para o Banco é fundamental ter essas parcerias. É gratificante receber esse tipo de doação”, comentou a secretária Graça Freda Hans. Para outras três instituições de caridade de Pelotas, o Enjoei é um espaço de visibilidade. “Ajuda muito a Casa da Criança São Francisco de Paula, que atende 200 crianças e para nós é uma alegria trabalhar em prol das crianças, que na verdade são elas que nos ajudam”, disse Estela Fonseca, ao mostrar os artigos de Natal em exposição e lembrar que dia 3 de dezembro estarão na Galeria Malcon com o bazar da casa. Também participaram a Sociedade Espírita Assistencial Dona Conceição, além do Mercado Calcutá. 

 

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