UFPel tem mais um professor eleito para Academia Mundial de Ciências
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira22 de Novembro de 2024

CIÊNCIAS

UFPel tem mais um professor eleito para Academia Mundial de Ciências

Presidente da CONFAP, Odir Dellagostin, passa a integrar grupo de mais de 1,4 mil pesquisadores do mundo a partir de janeiro de 2025

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Atualizado sexta-feira,
22 de Novembro de 2024 às 10:21

UFPel tem mais um professor eleito para Academia Mundial de Ciências
Dellagostin vive há 40 em Pelotas, onde se formou em Veterinária. (Foto: TWAS)

Mais um professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) passa a fazer parte do universo de pesquisadores da Academia Mundial de Ciências para o Avanço da Ciência nos Países em Desenvolvimento (TWAS). Pesquisador, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fapergs, Odir Dellagostin, 57, foi eleito entre os 74 novos membros da academia e se junta ao professor Cesar Victora para levar o nome da UFPel aos grandes centros de debates sobre ciência e tecnologia.

Natural de Aratiba, filho de pequenos agricultores, Dellagostin veio para Pelotas aos 17 anos para estudar Medicina Veterinária. Sua dedicação e desempenho garantiu ingresso no quadro de docentes da universidade em 1997, e bolsas de especializações fora do país. Como reconhecimento, até hoje atua como orientador, sendo responsável pela publicação de 250 artigos científicos. Nesse novo desafio, o trabalho será de levar conhecimento não só na sua área de atuação – Biologia Molecular para o desenvolvimento de vacinas – mas atuar de forma mais ampla, até por representar a Confap na garantia de recursos e de amparo para pesquisas no Brasil.

Indicado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pretende trabalhar na promoção de ações relacionadas à ciência e tecnologia. “É um feito importante [eleição]. Na carreira de um pesquisador, é o ápice. Me sinto honrado em dividir esse espaço com Cesar Victora, que é do mais alto quilate em termos de pesquisas”, considera o professor ao falar sobre seu ingresso no TWAS. Sobre a atuação mais ampla, ele cita o exemplo do debate com a membros da Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia sobre um planejamento estratégico para os próximos anos sobre a inteligência artificial. “O trabalho é para que o Rio Grande do Sul seja destaque nesse tema”.

Reconhecimento

Pela experiência em pesquisa, Dellagostin diz que o Brasil tem um conceito muito bom na área de pesquisa e que os cientistas brasileiros são bastante respeitados. “O Brasil é um importante parceiro. Muitas agências buscam parcerias aqui por se tratar de um país com características interessantes para o resto do mundo. Além disso, temos um campo aberto para problemas a serem estudados, no bom sentido, pela diversidade de solo, de clima, de vegetação e também de doenças”, observa.

Os eleitos

Entre os 74 novos membros eleitos, além de Odir Dellagostin, estão nove cientistas brasileiros. Celia Regina Carlini (UFRGS); Milena Botelho Pereira Soares (Fiocruz); Paulo Saldiva (USP); Maria Valnice Boldrin Zanoni (Unesp); Francisco de Assis Tenório de Carvalho (UFPE); Ricardo Ivan Ferreira da Trindade (USP); Maria Aparecida Soares Ruas (USP); Antonio José Roque da Silva (CNPEM) e Marcelo Knobel (Unicamp).

Sobre a Academia

A Academia Mundial de Ciências para o Avanço da Ciência nos Países em Desenvolvimento (TWAS) foi fundada em 1983 por um grupo de cientistas dos países em desenvolvimento, sob a liderança de Abdus Salam, o físico paquistanês e ganhador do Nobel (1979). Os cientistas compartilhavam a crença de que as nações em desenvolvimento, ao construir força na ciência e engenharia, poderiam construir o conhecimento e a habilidade para enfrentar desafios como a fome, as doenças e a pobreza.

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