Gauchão deve ter nova fórmula em 2025
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Dupla Bra-Pel de olho

Gauchão deve ter nova fórmula em 2025

Ideia da FGF é que os 12 clubes sejam separados em três grupos na primeira fase

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Atualizado terça-feira,
19 de Novembro de 2024 às 18:25

Gauchão deve ter nova fórmula em 2025
Congresso técnico está marcado para sexta-feira (Foto: Divulgação - FGF)

A edição 2025 do Campeonato Gaúcho deve ter nova fórmula de disputa. A ideia da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) é que os 12 clubes sejam separados em três grupos com quatro integrantes na primeira fase.

As equipes fariam oito partidas cada durante a primeira fase, enfrentando apenas times das outras chaves, em turno único, modelo semelhante ao do Campeonato Paulista.

A informação foi publicada pelo repórter Alex Frantz, da Rádio Progresso, de Ijuí, na manhã desta terça-feira (19), e confirmada pelo A Hora do Sul.

Grupos serão sorteados

O conselho técnico está marcado para esta sexta-feira, dia do sorteio dos grupos. Os potes serão formados por Caxias, Monsoon e São José (pote 1), Brasil, Pelotas e Guarany (pote 2) e Ypiranga, Avenida e São Luiz (pote 3).

Grêmio, Internacional e Juventude seriam os cabeças de chave. Com esses potes, ficaria garantida a realização de um clássico Bra-Pel na primeira fase, já que Xavante e Lobo estarão em grupos diferentes.

Mini torneios

Conforme a proposta da FGF, classificariam-se às semifinais os líderes de cada uma das três chaves, além do melhor segundo colocado geral. Do quinto ao oitavo colocado – excetuando os semifinalistas – ocorreriam dois mata-matas para definir o dono da quinta vaga disponibilizada na Copa do Brasil de 2026, já que as outras quatro vagas seriam dos semifinalistas.

Outra novidade seria um quadrangular para definir os dois rebaixados, entre o nono e 12º colocados da primeira fase, provavelmente em turno e returno, algo que só deve ser confirmado no conselho técnico de sexta-feira na sede da FGF. A previsão de início da competição é o fim de semana dos 11 e 12 de janeiro, mas pode haver adiamento de uma semana.

Segundo o calendário da CBF, 16 datas estão disponíveis para o Gauchão considerando a abertura em 11 e 12 de janeiro. A proposta da FGF faria com que os dois finalistas disputassem 12 jogos. Os dois semifinalistas, dez. Já os oito times dos quadrangulares por vaga na Copa do Brasil e contra o rebaixamento atuariam mais vezes: 14. Isso, entretanto, deve ser debatido no congresso.

Posicionamentos

O vice-presidente do Pelotas, Vinícius Conrad, diz enxergar “prós e contras” na novidade, mas considera a mudança positiva, em geral, pois o calendário estipulado pela CBF para 2025 antecipou o fim dos estaduais e o início das quatro divisões do Brasileirão.

“É uma fórmula que eles acharam para ter mais jogos. O campeonato não termina em fevereiro, garante os clássicos, muda a fórmula, tem um outro mini torneio para ter mais uma vaga para a Copa do Brasil. Estão usando a fórmula de um campeonato para uma situação e outro campeonato para outra situação. Estão fazendo do limão uma limonada dentro desse calendário curtíssimo”, afirma Conrad.

O atual presidente do Brasil e vice de futebol eleito, Gonzalo Russomano, diz ser contra a mudança do regulamento.

“Esse formato já foi estudado para ser nesse último Gauchão, mas não teve boa aceitação. Eu particularmente prefiro a fórmula atual, com 12 times, classificam os oito primeiros, com a quinta vaga da Copa do Brasil [na edição 2024, apenas os quatro semifinalistas garantiram lugar na Copa do Brasil de 2025, ou seja, haveria uma modificação]”, diz Russomano.

Contraponto ao “quadrangular da morte”

Quem também se manifestou foi o assessor especial da presidência do Avenida, Guilherme Eich. O dirigente vê a continuidade de “desníveis técnicos”, mas aponta como ponto positivo o fim da disparidade de jogos como mandante – a proposta da FGF prevê quatro partidas em casa para cada time na primeira fase, enquanto o formato antigo fazia algumas equipes serem mandantes cinco vezes e outras seis.

O número de enfrentamentos contra as principais potências do campeonato também é citado por Eich. “Vai ter equipe que vai jogar só uma vez contra a dupla Gre-Nal, terão equipes que vão jogar duas. Tem equipe que vai jogar em casa com um da dupla e tem equipe que não vai. Se por um lado se tirou esse desnível técnico da questão dos mandos, se colocou a questão de mando ou não com a dupla”, avalia.

Apesar dos apontamentos, o representante do Avenida segue a mesma linha de Conrad ao fazer uma análise mais ampla das mudanças, principalmente por esticar a competição. No formato da última edição do Gauchão, por exemplo, considerando o calendário de 2025, quatro clubes ficariam fora já na metade de fevereiro.

O principal problema indicado por Eich, entretanto, é relativo ao quadrangular para evitar o rebaixamento. “A minha dúvida sinceramente está lá nos quatro últimos. Vai colocar em risco de queda o nono e o décimo. Ali talvez tenha que pensar em alguma coisa, em alguma vantagem das duas equipes que não são as duas últimas. Talvez colocar um ponto para essas equipes para o quadrangular da morte”, comenta.

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