Falta pouco mais de um mês para o verão, mas o calor já está aí e a Zona Sul, ao que parece, mais uma vez está deixando passar a oportunidade de colocar-se como um dos principais destinos turísticos. Mesmo com a instituição da Câmara Temática de Turismo na Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), não há um grande movimento coletivo das cidades da Costa Doce para inserção no mercado. Houve a apresentação do projeto na semana passada, em Gramado. Houve diversas reuniões da câmara – algumas, inclusive, de portas fechadas para a imprensa, que teria papel fundamental em divulgar as iniciativas –, mas até o momento, nada além da vontade e da percepção do potencial.
Ainda dá tempo, mas é preciso acelerar. Pensar em sistemas que mantenham o turista aqui pela região, aproveitando as belezas que vão das águas doces dos rios, cachoeiras e lagoas dos Patos e Mirim, junto com o sal do Cassino, Hermenegildo, Barra do Chuí, praia do Mar Grosso e tantas outras praias. As possibilidades são muitas, mas é fundamental que as pessoas saibam. Pode soar até tolo reforçar isso, mas muita gente de fora daqui não faz ideia da amplitude de ofertas dentro de uma mesma região e das possibilidades de acesso. Para isso, é preciso comunicar.
A Zona Sul é rica em belezas e potenciais e muitas vezes até sua população não nota que está vivendo em um potencial paraíso. O verão está chegando e é necessário que a reconstrução do pós-enchente e a solidificação de estruturas e de projetos faça com que a própria população se encante e dissemine essa cultura de valorização. Para isso, também é fundamental que os gestores públicos e a comunidade não enxerguem mais investimento em turismo como um gasto, mas sim como uma maneira de rodar a cadeia financeira e trazer recursos de fora para cá.
Faltam menos de 45 dias para o verão. Para tudo isso, é preciso acelerar. Se não, só em 2026.