Exposição Varal de Memórias apresenta desenhos de alunos do Ensino Médio
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Quinta-Feira14 de Novembro de 2024

Educação

Exposição Varal de Memórias apresenta desenhos de alunos do Ensino Médio

Proposta surge de parceria entre o Museu do Doce da UFPel e Colégio Municipal Pelotense

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Atualizado quinta-feira,
14 de Novembro de 2024 às 14:03

Exposição Varal de Memórias apresenta desenhos de alunos do Ensino Médio
Os estudantes foram conhecer o Museu do Doce em uma visita guiada (foto Gilberto Carvalho)

O Museu do Doce inaugurou ontem a exposição Varal de Memórias. A proposta apresenta 14 desenhos feitos por um grupo de alunos do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio Municipal Pelotense. Os registros surgiram a partir de oficinas ministradas durante a disciplina eletiva Museus. A atividade foi organizada a partir de parceria com o bacharelado em Museologia da UFPel com a escola, através de projeto de Extensão.

Ao longo deste semestre, uma vez por semana, professores e alunos bolsistas da Museologia participaram de encontros com os alunos da disciplina Museus para tratarem de diferentes temas referentes às práticas museológicas. Após uma conversa sobre memória e patrimônio foi proposto aos estudantes que desenhassem algo que os remetesse às próprias memórias. “Eles produziram esses desenhos e depois escreveram o que aquilo significava. Depois resolvemos que as pessoas tinham de conhecer, porque é uma proposta muito interessante essa do Colégio”, conta a professora Nóris Leal, diretora do Museu do Doce, e uma das ministrantes das aulas. 

Para a professora é importante que os alunos compreendam que todos podem estar de alguma forma dentro dos museus. “Queremos que eles entendam que todos nós fazemos parte dessa história aqui”, fala. A intenção é que os alunos sirvam de multiplicadores de seus conhecimentos e levem suas famílias e amigos para ver a exposição.

A disciplina é semestral e cada turma passa por uma dinâmica diferente, esta é a primeira vez que essa exposição acontece. “A dinâmica depende da resposta dos alunos, essa é uma turma que respondeu muito bem. Todos os professores que foram lá gostaram de trabalhar com eles”, fala a professora. Durante os encontros foram tratados temas como: história dos museus, o que se faz em museu, a importância do cultivo à memória dos locais e o que é patrimônio, por exemplo. 

Além das tradicionais

O professor Carlos Alberto Barz, da disciplina de Museus, explica que, com a carga horária ampliada, o novo Ensino Médio propiciou que as escolas oferecessem outras disciplinas, além das tradicionais. “Criamos também disciplinas eletivas. Temos eletivas para todos os anos do Médio”, comenta. O aluno tem que fazer seis das dez disciplinas eletivas oferecida ao longo do Ensino Médio.

A Museu surgiu porque o Pelotense tem um espaço de memória. “Queríamos aumentar a visitação do museu da escola, foi aí a origem da disciplina e criar toda essa aprendizagem sobre esta cultura”, conta.

O professor trabalha com a história da escola, além de trazer aspectos socioeconômicos e culturais de Pelotas. “Aí fizemos o vínculo com Universidade, a professora Nóris é nossa ex-aluna, de pronto ela aceitou e está sendo muito gratificante.”

Ao menos uma vez por semestre os alunos também visitam algum museu da UFPel para que eles materializem o que é visto em sala de aula. “É incrível a surpresa que eles têm ao conhecerem, ainda mais que é uma visita guiada. Está sendo importante para eles. Estamos criando essa cultura de conhecer a cidade através dos museus”, fala.

Surpresa 

João Gabriel Soares Maicá, 16 anos e Lívia Carvalho, ambos com 16 anos, não chegaram a participar da oficina. A dupla ficou surpresa com a exposição e gostaram de ver as obras dos colegas no Museu.

 Ambos já conheciam o Museu do Doce, mas gostaram mais dessa visitação. “Porque antes não teve visitação acompanhada. É bem mais interessante”, fala João Gabriel. “A exposição é muito bonita e conta a história da cidade em si, Pelotas tem muito disso, da importância do doce”, fala Lívia. 

Bruno Duarte, 16, estava orgulhoso da sua obra em um dos murais da exposição. O desenho do estudante apresenta uma paisagem campesina, uma querida memória de infância, na casa dos avós, na colônia de Pelotas. 

A propriedade não pertence mais à família de Bruno, mas para ele ficou o amor à vida campestre, que precisa ser preservada e estimulada, defende. Sobre a experiência na disciplina ele diz que vai levar os novos conhecimentos adquiridos sobre a história de Pelotas. As visitas à exposição podem ser realizadas até o dia 24 deste mês, de terça a domingo das 10h às 19h, no Casarão 8 da praça Coronel Pedro Osório.

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