O Teatro Municipal do Rio Grande, um dos principais ícones culturais da cidade, está prestes a passar por um processo emergencial de restauro, após sofrer graves danos durante a enchente de maio e junho deste ano. O anúncio foi realizado pelo prefeito Fábio Branco (MDB) durante coletiva de imprensa realizada ontem, no hall do próprio teatro. Estimadas para iniciar no começo do próximo ano, mediante a captação dos recursos, o valor total investido será de R$ 1.936.339,42. Após o início de obras, a previsão de duração será de seis meses. A contrapartida municipal no processo será a aquisição e instalação de uma nova cortina para o palco.
O projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura do governo estadual (LIC/RS) foi elaborado pela produtora cultural Santa Fé Produtora e Patrimônio, e contempla a restauração total do palco, a complementação do sistema de som, troca de área de carpetes, termoacústica, bem como ações de educação patrimonial.
Branco diz que o objetivo da prefeitura é fazer com que o Teatro Municipal passe a ser cada vez mais utilizado, ocupado e visitado. “Esse investimento vai qualificar nosso teatro, ampliando a capacidade de atendimento e, principalmente, qualificando o atendimento oferecido aqui nesse equipamento público”, enfatiza o prefeito.
O diretor do Teatro, Bira Lopes, diz que durante as enchentes de maio o porão do equipamento público – na época sem um sistema de drenagem eficaz – foi invadido pelas águas, assim como parte da plateia, o palco e os carpetes presentes no piso e nas paredes da área interna do prédio. Para ele, a aprovação do projeto junto à LIC vai oportunizar a realização de um sonho antigo do teatro, justamente a recuperação desses itens. “Estamos bem felizes com essa notícia!”, declarou Bira.
Plano de Educação Patrimonial
O projeto de restauro do Teatro Municipal inclui um Plano de Educação Patrimonial, que visa envolver escolas públicas no conhecimento da história e importância do teatro. Durante as obras, os alunos terão a oportunidade de visitar o prédio, onde aprenderão sobre sua história e funcionamento, com a orientação de integrantes do teatro e participantes do projeto.
O plano também contempla acessibilidade. Serão realizadas visitas guiadas para deficientes auditivos, com intérprete de libras, e para deficientes visuais, que poderão explorar uma miniatura 3D da fachada do teatro, acompanhada por uma placa em braile.
Além disso, ao final, haverá um produto audiovisual resultante do projeto, que contará com legendas e audiodescrição. Todo o restauro será registrado por drones e por câmeras, produzindo o respectivo material. À medida que as filmagens forem liberadas nas plataformas de divulgação da produtora cultural, a comunidade poderá acompanhar as etapas da obra.