A descoberta de jazida de petróleo na Namíbia, do outro lado do oceano Atlântico, é motivo de festa por aqui. Há 250 milhões de anos os territórios eram uma coisa só e há a expectativa, cada vez mais consolidada, de que por aqui haverá de se encontrar o óleo. Embora seja algo a ser pensado para os próximos anos, talvez até por uma década, é mais um ponto que traz esperança de um futuro melhor para a região. No entanto, novamente, é importante pensar no agora e no desenvolvimento necessário neste momento.
Os blocos da região estão sendo estudados pela parceria entre Petrobras e Shell, que buscam analisar a possibilidade de encontrar petróleo e gás. Do resultado positivo a uma potencial exploração, é muito tempo. Mesmo com a tendência positiva, há que manter a calma e focar em pontos atuais para o desenvolvimento regional. O principal deles, hoje, é ficar de olho no que será do Polo Rodoviário de Pelotas, em termos de pedágio, e claro, na conclusão da BR-116.
A transição energética é um potencial da Zona Sul tão forte quanto o petróleo, talvez maior a médio e longo prazo, se analisar as possibilidades de geração de energia eólica e do hidrogênio verde em toda a região, especialmente ao fazer uso da possibilidade offshore no Porto de Rio Grande. Em um momento de plena atenção ambiental e da potencialidade de colocar isso em prática a curto prazo, é fundamental que a região esteja atenta e atuante para a implementação de uma legislação nacional que possibilite o quanto antes esse funcionamento. Tende a dar resultado mais rápido do que todas as outras frentes que trazem esperança à região.
A próxima década vai ser de olhares atentos e, se tudo der certo, ótimas novidades na questão do petróleo. É preciso atenção e atuação ágil para colher os frutos disso. Mas, antes de tudo, há um enorme potencial em diversas outras frentes, como o turismo, a logística e a educação, prontíssimos para serem explorados.