Brasil ganha o primeiro Estadual da Federação Riograndense
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira12 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Brasil ganha o primeiro Estadual da Federação Riograndense

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Em 9 de novembro de 1919 a comunidade Xavante celebrou o primeiro título do Grêmio Esportivo Brasil, na primeira edição do Campeonato Gaúcho, realizado pela Federação Riograndense de Desportos. O jogo foi contra o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e a partida terminou com uma goleada do time pelotense de 5 a 1. O grupo, formado por Frank, Nunes e Ari Xavier, Floriano, Pedro e Babá, Farias, Ignácio, Proença, Alberto e Alvariza fez história ao superar a favorita equipe da capital e se tornar o primeiro campeão do Estado. 

A partida foi realizada no domingo no ground dos Moinhos de Ventos, primeiro estádio do Grêmio. O “estádio” ficava no cruzamento da avenida Goethe com a rua Mostardeiro, próximo ao Parcão. O confronto aconteceu entre o campeão da Liga Pelotense daquele ano e o campeão da Associação Porto Alegrense de Desportos. 

“Os primeiros estaduais eram formados por campeões de regiões. Neste ano o Brasil foi campeão da cidade e o Grêmio, de Porto Alegre, outras regiões não quiseram participar. Então o Estadual foi direto Grêmio x Brasil”, explica o pesquisador Juliano Freitas, que ajudou na elaboração do livro do centenário do Xavante. 

Pela equipe do Grêmio jogaram Pinto, Ary, Assumpção, Dorival, Chiquinho, Gertum, Lagarto, Máximo, Bruno e Levi. O primeiro tempo terminou com dois gols a favor do tipo de Pelotas, que ainda teve um gol de Faria anulado, contra um. Os outros três saíram na segunda etapa. 

Tricampeonato no citadino

O primeiro Estadual deveria ter ocorrido em 1918, porém a pandemia da Gripe Espanhola impediu. “Era um time interessante, foi campeão da cidade em 17, 18 e 19” , relembra Freitas. Em 1920, o Brasil de Pelotas participou do primeiro campeonato brasileiro, um torneio com alguns campeões estaduais de 19, realizado no Rio de Janeiro. “No estádio do Fluminense, o primeiro a ter uma estrutura de concreto e grandes arquibancadas”, comenta.

Disciplina e segurança 

Recentemente Freitas teve acesso à imagens da partida contra o Grêmio. As fotos foram publicadas pela revista Máscara daquele ano. A publicação está na biblioteca da PUC em Porto Alegre. Segundo Freitas, há cerca de quatro anos o pesquisador Douglas Rambor descobriu as  imagens inéditas da final em Porto Alegre. 

Além das imagens, a Máscara traz um texto com relato do acontecimento. “O evento despertado por essa prova máxima do ano era enorme”, escreveu o redator. A publicação ainda elogia o Brasil: “Revelou…além de um treino rigoroso, uma disciplina e uma segurança de combinação que nunca se poderá esperar dos nossos times sempre mutáveis em que jogadores se substituem constantemente…”.

Fontes: Revista Máscara; site https://www.gebrasil.com.br/historia/

Há 100 anos

Pelotas recebe os chocolates Bhering

Foi a empresa de representações J.Litran & Cia quem trouxe em novembro de 1924 uma amostra dos chocolates da Bhering & Cia. “Trata-se de um novo produto chamado Tablettes Losangos, fabricado com chocolate nacional e leite”, divulgou o jornal A Opinião Pública.

A carioca Bhering, criada em 1880, foi a primeira fábrica de chocolate e café moído do Brasil, na região Portuária do Rio de Janeiro. O auge da produção ocorreu entre as décadas de 1940 e 1950, quando chegou a ter 800 funcionários. Entre os seus produtos estavam as balas Toffe e o chocolate Refeição, além do Café Globo. Em 1995, a fabricação dos produtos foi terceirizada e levada a Minas Gerais. Depois de muitos imbróglios, o prédio da fábrica, com seis andares e dez mil metros quadrados, acolhe hoje um centro cultural, que abriga iniciativas de mais de 100 artistas. 

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Ministério da Cultura; Colégio Notarial do Brasil (https://cnbrj.org.br/)

Há 50 anos

Plantas da praça recebem identificação científica

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos anunciou que todas as plantas da praça Coronel Pedro Osório receberiam placas com as suas respectivas denominações científicas. O estudo seria feito por botânicos da Universidade Federal de Pelotas.  

No Centro Histórico do município a praça, com mais de 20 mil metros quadrados e cerca de 140 espécies de plantas nativas e exóticas, está incluída entre os bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan).

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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