Um ano depois de adquirir a estrutura do antigo prédio da Secretaria de Educação (Smed) por R$ 2 milhões, a administração do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) está com o projeto finalizado, mas a execução fica para a próxima gestão, pois precisa estar previsto no orçamento anual. De acordo com a autarquia, serão precisos R$ 4,8 milhões para a reforma do prédio.
Por ser um bem inventariado, o projeto de recuperação contou com a aprovação da Secretaria de Cultura de Pelotas (Secult). A assessoria da autarquia informa que as fachadas serão preservadas integralmente. No custo de quase R$ 5 milhões está toda a infraestrutura necessária para abrigar os servidores e atendimento ao público. A assessoria da próxima gestão municipal, liderada por Fernando Marroni (PT), foi procurada, e até a última atualização desta matéria, não tinha se manifestado sobre o assunto.
Abandono
Quem passa em frente o imóvel, ou o que restou da fachada, na esquina da rua General Neto com Anchieta, encontra uma estrutura com aspecto de abandono. Do local, resta apenas um terço da estrutura do imóvel que permanece com telhado. O restante foi consumido pelo fogo há cinco anos. Na ocasião da compra, a promessa do Sanep era de que a recuperação se iniciasse ainda este ano. A transação foi feita com recursos da própria autarquia e a escolha do local se deve por ser um ponto central para atendimento ao público.
Estrutura
Pelo projeto original, o setor administrativo da autarquia seguirá em prédio próprio da autarquia, na rua Félix da Cunha. Já os setores de Protocolo, Departamentos de Logística e Projetos Especiais (que atualmente ocupam espaço locados), além do atendimento ao público farão parte da nova estrutura. Atualmente, o Sanep gasta por mês R$ 35 mil em aluguel.
Histórico
O prédio da esquina das ruas Padre Anchieta e General Neto, pertenceu a João Simões Lopes, o Visconde da Graça e sediou a Bibliotheca Pública Pelotense (BPP). Foi sede da Secretaria de Educação e Desporto (Smed) até 2016, quando por questões estruturais deixou o local e foi para a Praça 20 de Setembro.
Desde então, o local foi alvo de vandalismo e foi ocupado por moradores de rua. Em fevereiro de 2019 foi atingido por um incêndio que destruiu o interior do prédio, praticamente em madeira. Pelas condições, acabou interditado e tapumes serviram de proteção a pedestres. Atualmente está com as aberturas do primeiro andar fechadas com tijolos.