Obras na escola Félix da Cunha estão paradas 20 dias depois do início
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

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Obras na escola Félix da Cunha estão paradas 20 dias depois do início

Segundo funcionários da escola, os pedreiros alegam falta de materiais e mão de obra

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Obras na escola Félix da Cunha estão paradas 20 dias depois do início
Escola entrou na lista de obras do governo do Estado há cerca de 20 dias, mas faltam materiais para operação (Foto: Jô Folha)

Toda a expectativa da comunidade escolar do Colégio Estadual Félix da Cunha em relação às obras de revitalização já se transformou em frustração em poucos dias. Três semanas após o início das intervenções no pátio da escola, o panorama no canteiro de obras não é animador. Tapumes de proteção caídos, pedaços de madeiras espalhados pelo chão, restos de fragmentos do piso da quadra e nenhum trabalhador na ativa.

No mês de outubro, o educandário entrou na lista de obras de reforma do governo do Estado, depois de uma espera de oito anos. Em uma primeira etapa, a quadra de esportes e uma sala com infiltrações foram os espaços que receberam as primeiras ações, com investimentos de quase R$ 170 mil, sob supervisão técnica da 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop).

Posteriormente, outra parte do projeto inclui a revitalização da estrutura do prédio principal, interditado desde 2016 por conta de danificações em razão do clima e do tempo.

Tudo parado

Diante disso, porém, até o momento, a obra aparenta estar estagnada em seu primeiro estágio, conforme relata o secretário de escola, Adão Garcia. O funcionário geralmente fica incumbido de participar das comissões de obras que acontecem no colégio e descreve a situação da empresa responsável pelo processo de intervenção como “precária”.

Pátio da escola tem pedras, madeiras e restos de material de obra espalhados em espaço sem bom isolamento (Foto: Jô Folha)

“Vieram só duas pessoas para começar a obra e já não tinham material. Ficavam parados, aguardando. Para arrancar o tronco da árvore no meio do pátio, tinham uma motosserra bem pequena. Nem sequer tinham óleo. Tivemos que fornecer o nosso óleo de cozinha para eles trabalharem. Eles alegam que não recebem material para trabalhar”, diz Garcia.

O colaborador utiliza de argumentos dados pelos próprios pedreiros sobre os motivos do problema. “Eles dizem que falta mão de obra. A empresa pegou várias obras em outras escolas e não está conseguindo dar conta de tudo, pelo jeito”, aponta. “Por enquanto não temos visto nada avançar”.

Perigo para as crianças

Com a área de construção escancarada e a ausência de uma proteção efetiva, o risco de acidentes com os alunos é constante. O canteiro de obras, que ocupa grande parte da quadra, contém muitos detritos acumulados e na maior parte do tempo não está ocupado pelos pedreiros.

Em razão disso, as funcionárias da merenda escolar precisam ter o dobro de atenção para vigiar os estudantes durante o intervalo, tentando impedir que alguém se machuque.

Uma das colaboradoras é Juzeva dos Santos, 65 anos. Encarregada pela alimentação na escola, tem ajudado na vigilância dos pequenos. “Estamos sempre na volta. Tem madeiras com pregos que eu tive que pôr em um canto. É o único espaço onde as crianças correm, fazem educação física”, conta. “O certo era isolar melhor isso tudo”.

5ª CROP não se posiciona

Até o fechamento da reportagem, não houve resposta da coordenadora regional de obras públicas da 5ª CROP, Lívia Fernandes, responsável pela supervisão técnica da obra, que é conduzida pela terceirizada EngPac.

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