A 3ª Feira do Livro de Pelotas foi marcada pelo Sesquicentenário do município. O ponto alto da Feira de 1962 foi o lançamento, em nova edição, produzida pela Editora Globo, do livro A cidade de Pelotas (1922), do pesquisador e escritor Fernando Luís Osorio Filho (1886-1939). A celebrada obra foi incluída pela editora gaúcha na Coleção Província. Atualmente raro, o livro pode ser encontrado em sebos virtuais por preços que variam de R$ 120,00 a R$ 180,00.
No livro o autor trata da história do município, a partir de 1812. Lançado para comemorar o centenário da República, em 1922, foi impresso em um único volume pela gráfica do jornal Diário Popular, por iniciativa da administração municipal. A obra de 254 páginas se tornou um importante documento sobre o desenvolvimento da cidade.
Essa não foi a única vez que a obra foi reeditada. Em 1997, o historiador Mario Osorio Magalhães, neto do autor, apresentou uma terceira edição revista. Sobre a obra, Magalhães escreveu no prefácio: “Quando apareceu A cidade de Pelotas, recém os primeiros pesquisadores ocupavam-se em rastrear, através de estudos esparsos, a trajetória política, econômica, social e cultural do município. O livro de Fernando Osorio não só ampliou os horizontes dessas primeiras pesquisas: transformou-se na primeira história geral de Pelotas”.
O primeiro volume traz uma visão cronológica dos fatos. No segundo, Osorio agrupa esses fatos em temas, “sobretudo os de caráter institucional e cultural”, conforme o prefácio de Mario Magalhães.
Quem foi
O pelotense Fernando Luís Osorio Filho, foi o último dos filhos do casal Ernestina do Carmo Assumpção (8.2.) e Fernando Luís Osório. Era neto do Marquês do Herval e do Barão de Jaraú, e sobrinho-neto do Visconde da Graça.
Formado em Direito em 1910, foi admitido na Sociedade Internacional de Ciências Sociais de Paris, retornando para o Brasil em 1912.
Foi autor também dos livros História do general Osorio (1915), segundo volume, em colaboração com Joaquim Luís Osorio; O espírito das armas brasileiras (1918); Sociogênese da Pampa brasileira (1927); Fogo morto (1930) e Sangue e alma do Rio Grande (1937).
Pela sua contribuição como historiador do município foi homenageado, postumamente, com a herma na praça Conselheiro Maciel, junto à Faculdade de Direito. Seu nome também batiza a principal avenida da zona norte do município, a Fernando Osorio.
Fontes: Diário Popular/Acervo da Bibliotheca Pública Pelotense; site https://simoeslopes.blogspot.com/, wikipedia.org e livro A cidade de Pelotas, Volume 1 – 3ª edição revista, por Mario Osorio Magalhães
Há 50 anos
Nestor Jost faz campanha pelo Senado em Pelotas
“Nós construímos por atacado e eles (a oposição) criticam no varejo. Por isso o povo está a favor da Arena”, disse o candidato arenista ao Senado, Nestor Jost (1917-2010), em sua visita a Pelotas, em plena campanha política de 1974.
Jost foi prefeito de São Lourenço do Sul em duas ocasiões: a primeira de 15 de julho de 1940 até 17 de novembro de 1945 e a segunda de 12 de fevereiro de 1946 até 30 de novembro de 1946.
Em Pelotas o candidato teve recepção oficial e foi homenageado pelo diretório do seu partido em almoço no Turist Parque Hotel. “O nosso candidato está entre nós para testemunhar o desejo do povo pelotense de vê-lo representando o Rio Grande do Sul no Senado, a partir de março de 1975”, disse o então prefeito, Ary Alcântara, no evento.
Em 1974, Paulo Brossard foi eleito Senador pelo Rio Grande do Sul, representando o MDB. O gaúcho Jost foi ministro da Agricultura do Brasil no governo João Figueiredo, de 7 de março de 1984 a 15 de março de 1985. Natural da cidade de Candelária, em 17 de junho de 2003 lhe foi concedido o título de de “Cidadão Sul-Lourenciano” pela Câmara Municipal de São Lourenço do Sul.
Fontes: Diário Popular/Acervo da Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org
Há 100 anos
São abertas as propostas para a ponte internacional sobre o Jaguarão
Em Montevidéu foram abertas as propostas para a construção da ponte internacional sobre o rio Jaguarão. A ponte Internacional Barão de Mauá, ligando os municípios de Jaguarão e Rio Branco, no Uruguai, foi construída entre 1927 e 1930, depois de um tratado firmado em 1918 entre os dois países para pagamento da dívida de guerra.
Na construção da ponte trabalharam 6.215 operários de diversas nacionalidades, o lado uruguaio da ponte foi tombado em 1977, enquanto o lado brasileiro da ponte foi tombado em 2011.
Fontes: A Opinião Pública/Acervo da Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org