Ações do intendente buscam acabar com boatos de revolta em Canguçu
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira21 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Ações do intendente buscam acabar com boatos de revolta em Canguçu

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Há 100 anos

O levante militar na região Missioneira, desencadeou uma onda de boatos na vila de Canguçu, que havia sido palco de lutas durante a Revolução de 1923. Em matéria publicada no jornal A Opinião Pública, o intendente, major Orlando Cruz, informava que a população estava tranquila e que havia tomado “enérgicas providências”, com o objetivo de “responsabilizar os boateiros”, entre outras medidas urgentes para garantir a ordem.

Intendente, major Orlando Cruz, tomou medidas contra possível crise militar no município (Foto: Reprodução)

Uma delas determinava que ninguém poderia sair do município sem um passe visado pelo coronel Manoel Hyppolito da Rocha, delegado de polícia. 

“Tem se apresentado ao senhor major Orlando Cruz, presidente da Junta de Alistamento Militar desta vila, inúmeros reservistas do Exército, prontos para cumprir o seu dever ao lado da legalidade. Muitos desses jovens seguiram hoje para aí, a fim de se apresentarem ao comando do 9º Regimento de Infantaria”, informou o correspondente do jornal.  

Combatente de revolução

Eleito Intendente Municipal em 23 de julho de 1924, Cruz tomou posse do cargo em 21 de setembro daquele ano. Em 5 de novembro passou o governo ao vice-intendente, Senécio Martins da Cunha, e se retirou para a estação Cerrito com um esquadrão que estava aquartelado na vila.

Na Revolução de 1923, integrou o Corpo Provisório de Pelotas, tendo se destacado no combate do Passo do Mendonça. Combateu ainda no Cerro Partido, na Pacheca, em Canguçu Velho e em Pelotas, onde teve de assumir o Comando de uma unidade por morte de seu comandante, ocasião em que foi promovido a major.

Revolta em SP

O levante militar de São Paulo, um conflito armado urbano que ocorreu entre 5 e 23 de julho de 1924, tinha o objetivo de derrubar o governo do presidente Arthur Bernardes. A Revolta encontrou eco entre os ainda revoltosos derrotados da Revolução de 1923, no Rio Grande do Sul, e trouxe novos confrontos entre militares no noroeste do Estado. 

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; portal cangucu.rs.gov.br; wikipedia.org

Há 63 anos

O Arquipélago é a o lançamento mais vendido na Feira do Livro 

O Arquipélago (1961), do autor gaúcho Erico Verissimo, foi o livro mais vendido da 2ª Feira do Livro de Pelotas, que ocorreu na praça Coronel Pedro Osório. A edição daquele ano ocorreu entre os dias 25 de novembro e 3 de dezembro. A obra encerra a trilogia O tempo e o vento, que conta de forma romantizada 150 anos de história no Rio Grando do Sul.

Entre os lançamentos locais figuram a obra póstuma de Juca Freitas, Versos da minha lavra e o livro de poesias Musa pagã, do advogado Sady Maurente de Azevedo, também diretor do semanário A Alvorada. O best seller Eu sou Pelé, não repetiu em Pelotas o sucesso que fez no eixo Rio-São Paulo, e ficou esquecido pelos leitores.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Pelotas tem primeira concentração política da oposição

A oposição fez a primeira concentração pública durante o período da Ditadura Militar ocorreu há cinco décadas no peristilo da Prefeitura. Participaram o candidato ao Senado, pelo MDB, Paulo Brossard, à Câmara Federal, Getúlio Dias e Armando Braga, e à Câmara Estadual, João Carlos Gastal. Emissoras de rádio, em cadeia, transmitiram o comício público do Partido de Oposição, depois de firmado um “acordo de cavalheiros”, entre Arena e MDB.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

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