No final deste domingo Pelotas terá um novo prefeito. Seja Fernando Marroni (PT), seja Marciano Perondi (PL), o próximo chefe do Executivo terá um longo trabalho pela frente, de reconstrução da cidade e construção de pontes. O processo eleitoral, infelizmente, foi raso do início ao fim, e piorou ao longo das últimas semanas. O baixo índice de propostas efetivas e detalhadas foi dando lugar a troca de ataques, tentativa de implementar narrativas, uso de minúcias e tudo mais. Feito por ambos os lados. Ninguém optou pelo melhor caminho nesta reta final.
É, sem dúvidas, a eleição mais apertada dos últimos 20 anos, pelo menos. Ninguém consegue apostar com uma certeza se Marroni ou Perondi será o novo prefeito. Até nos bastidores as duas campanhas oscilam entre o nervosismo e a confiança. O cenário mostra que, diante de tudo isso, a população está incerta quanto ao futuro que pretendemos ter enquanto comunidade. O vencedor tem que deixar a polarização PT x PL, tão prejudicial ao debate, de lado e governar para todos. Tomara que já faça este aceno no discurso da vitória neste domingo.
Se as propostas foram deixadas de lado nesta reta final, as demandas são muitas. A ciência, a arborização, a educação, saúde e segurança pública, temas tão caros a todos, foram pouquíssimo falados ao longo do segundo turno. Até estão em uma ou outra proposta, mas não há nada aprofundado neste sentido. Uma pena. Por outro lado, os memes, críticas e postagens lacradoras estão em dia.
Cabe à comunidade deixar as últimas horas do processo eleitoral para refletir na cidade que quer e ler os planos de governo e as entrevistas, conduzidas por Douglas Dutra e Heitor Araujo e dispostas nesta edição. A partir disso, tome a decisão com consciência. Vamos esperar que, nos próximos anos, o eleito faça Pelotas ter o avanço que merece e que governe para todos. A população está na expectativa por um salto de qualidade de vida na nossa cidade. O escolhido terá muita responsabilidade nas mãos.
